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    Projetos com retorno sócio-ambiental são alvos de banco de brasileiros

    MARIANA BARBOSA
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    01/08/2017 02h00

    Divulgação
    Daniela Soares, presidente do Granito&Capital
    Daniela Soares, presidente do Granito&Capital

    Um grupo de investidores brasileiros e portugueses anuncia nesta terça (1º) o lançamento de um banco de investimentos global dedicado exclusivamente a projetos com retorno não só financeiro como social e ambiental.

    Sediado em Londres, o Granito&Capital nasce com um mandato para captar US$ 2 bilhões para projetos nas áreas de energia renovável, saúde, desenvolvimento urbano, infraestrutura e finanças.

    No mundo, já somam US$ 28 trilhões os recursos geridos dentro de estratégia de investimento responsável –que levam em consideração o impacto ambiental, social e de governança justa.

    Para Daniela Soares, presidente do Granito&Capital, o investimento responsável pode garantir retornos maiores, subvertendo a lógica de que mais risco leva a maiores retornos. "Quando você tira o fator de risco ambiental, social e de governança, de certa forma você reduz o risco do negócio, mas, como você aumenta a qualidade do ativos, o retorno é maior."

    Soares começou a carreira no mercado financeiro (com passagens por BankBoston Capital, Citibank e Goldman Sachs) e por dez anos foi presidente-executiva do Impetus, principal fundo britânico de "venture philanthrophy", dedicado a fomentar ONGs de alto impacto.

    "Eu estava havia muitos anos do lado "sem fins lucrativos", tentando mover a agulha do impacto social, mas usando metodologias de negócios", diz. "Agora é o outro lado: o lado comercial, mas com a visão de que é possível fazer bem e fazer o bem ao mesmo tempo. Todos os agentes econômicos podem e devem ter impacto positivo em todas as esferas de atuação."

    O Granito faz parte de uma holding dedicada à economia de impacto e que inclui também uma consultoria e um think thank a ser lançado neste ano. O grupo foi fundado pelo português radicado no Brasil Rodrigo Tavares, ex-assessor de relações internacionais do governo de SP, e tem como sócios-investidores Fabio Barbosa, Antonio Ermírio de Moraes Neto e Heinz-Peter Elstrodt.

    Entre os primeiros clientes estão uma unidade de energia solar na Bahia, um investimento de US$ 500 milhões.

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