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    Maia diz que pautará reforma da Previdência no início de setembro

    MARINA DIAS
    DE BRASÍLIA

    03/08/2017 21h02

    O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta quinta-feira (3) à Folha que vai pautar a votação da reforma da Previdência já no início de setembro, como defende o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

    Maia afirmou que conversou com o ministro por telefone e se comprometeu a retomar as conversas com deputados e o setor privado sobre o tema, principal bandeira e aposta do governo Michel Temer para manter o apoio do mercado financeiro.

    "Disse a Meirelles que vamos aprovar a Previdência juntos no início de setembro na Câmara. Temer foi informado. Não faremos nada desarticulado", afirmou o presidente da Câmara.

    Como mostrou o "Painel" nesta quinta, Meirelles disse em conversas com líderes do Congresso que pretendia, em no máximo dez dias, reinserir as mudanças na aposentadoria na pauta de prioridades.

    O ministro quer a aprovação de uma reforma robusta, mas enfrenta resistência entre integrantes da própria base do governo, que não querem se comprometer com o ônus de votar por um projeto tão impopular às vésperas de um ano eleitoral.

    Questionado se contava com a aprovação do relatório da comissão especial que trata do assunto —como quer Meirelles— ou somente com a idade mínima, como defendem alguns deputados da base de Temer, Maia preferiu cautela e condicionou o avanço da pauta ao apoio do PSDB.

    "Vou trabalhar pelo relatório da comissão. Por isso precisamos do PSDB", declarou.

    A bancada tucana, com 46 deputados, ficou dividida na votação da denúncia contra Temer nesta quarta-feira (2) —22 a 21 a favor do presidente—, mas o Planalto trabalha para manter o partido no governo justamente porque a sigla defende o apoio à reforma.

    A Folha mostrou nesta quinta que Maia vai trabalhar pela agenda econômica de Temer, mas também quer se descolar da imagem impopular do presidente e abrir uma pauta exclusiva da Câmara, esta mais distante do governo, com o objetivo de ganhar protagonismo até as eleições de 2018.

    Maia também articula para fortalecer o seu partido, o DEM, com a migração de nomes do PSB e de outras legendas, e criar uma base parlamentar mais ampla para ter onde "aterrissar" caso dispute o Planalto no ano que vem.

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