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    STF mantém decisão que obriga governo a pagar R$ 3 bi à Varig

    DA AGÊNCIA BRASIL

    03/08/2017 22h50

    Zanone Fraissat - 11.mar.2014/Folhapress
    Protesto feito por integrantes do fundo de pensão Aerus em área próxima a Congonhas (SP)
    Protesto feito por integrantes do fundo de pensão Aerus em SP

    O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta quinta-feira (3) manter a decisão que condenou a União a indenizar a massa falida da empresa aérea Varig em aproximadamente R$ 3 bilhões.

    Na sessão, a corte rejeitou um recurso apresentado pela AGU (Advocacia-Geral da União) para que supostas contradições fossem corrigidas na decisão, tomada pelos ministros em 2014.

    A massa falida de uma empresa é formada no momento em que é decretada a falência e consiste no acervo do ativo e passivo de bens do falido.

    O caso tramita na Justiça há mais de 20 anos e trata do congelamento de preços imposto para conter a inflação, durante a vigência do Plano Cruzado, entre 1985 e 1992.

    A forma de execução da indenização ainda não foi definida pelo Supremo.

    A Varig alegou que a medida causou prejuízos financeiros à empresa, como a dilapidação de seu patrimônio e pediu a indenização, que foi concedida pelo STF.

    O valor que for recebido deverá ser usado para pagar dívidas trabalhistas do fundo de pensão Aerus, formado por ex-funcionários da empresa que buscam o recebimento dos valores desde a falência da Varig.

    AGONIA FINANCEIRA

    A companhia, que parou de voar em 2006, passou anos de agonia financeira aguardando o desfecho dessa ação para sobreviver.

    Com dívidas bilionárias com fisco, Previdência, Infraero e outros credores, a companhia contava com os créditos que considerava que tinha direito pelo congelamento de tarifas

    Quando a Varig foi vendida, em 2006, os trabalhadores não recebiam havia quatro meses —a rescisão não foi paga, e a empresa não depositava FGTS.

    A "parte boa" da Varig foi comprada em 2007 pela Gol.

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