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    Hopi Hari reabre para convidados com parte das atrações em funcionamento

    LUÍS FREITAS
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE CAMPINAS

    04/08/2017 13h53

    O Hopi Hari voltou a funcionar nesta sexta-feira (4) depois de três meses fechado. O parque de diversões em Vinhedo (70 quilômetros de São Paulo) reabriu as portas apenas com parte dos brinquedos em operação.

    A expectativa é receber cerca de 500 pessoas neste primeiro dia, a maioria convidados. O local tem alvará para receber até 26 mil visitantes por dia, mas limitou a entrada a 5.000 por dia.

    Para sábado (5), primeiro dia aberto ao público, todos os ingressos foram vendidos. Cada bilhete custa R$ 150 e dá direito a todas as atrações.

    Dos 32 brinquedos do parque, 28 funcionam na abertura. Entre as atrações fechadas está a La Tour Eiffel, onde uma adolescente morreu ao cair em 2012. A expectativa é que ela seja reaberta apenas no segundo semestre de 2018. Os outros brinquedos devem voltar a funcionar até o final do ano.

    FUNCIONÁRIOS

    A dona do parque contratou 400 funcionários para tomar conta do lugar. De acordo com o Sindiversão (sindicato que representa os trabalhadores do setor na região), não haverá tempo para treinar os novos funcionários, contratados no início de julho, para fazer a manutenção dos brinquedos.

    "O ideal seriam pelo menos dois meses de treinamento. Os brinquedos são todos importados, e o correto seria trazer equipes dos fabricantes ou mandar os novos funcionários para serem treinados no exterior", afirma Matheus Lima, representante do sindicato.

    A maior parte dos funcionários foi contratada em 11 de julho. O parque teve 24 dias para treiná-los. O sindicato diz que é pouco tempo. "Quando inaugurou, em 1999, a montanha russa demorou um mês para montar. E foram três meses de treinamento. A equipe tem que olhar parafuso por parafuso", diz Lima.

    Ex-oficial de manutenção do Hopi Hari, Jeremias Costa de Souza, 38, conta que começou a trabalhar no parque no final de 2014 e que passou um mês de treinamento. "Foi uma semana de integração e mais três semanas só acompanhando os funcionários mais antigos, antes de poder trabalhar sozinho", afirma.

    A Adibra (Associação de Parques de Diversões do Brasil) disse que o período de treinamento compete a cada parque, de acordo com especificações de cada atração, e que não tem informações a respeito do Hopi Hari, que deixou de ser associado da instituição neste ano.

    O MPT (Ministério Público do Trabalho) disse que as empresas devem seguir a Norma Regulamentadora nº 12, que diz que a capacitação deve "ter carga horária mínima que garanta aos trabalhadores executarem suas atividades com segurança, sendo distribuída em no máximo oito horas diárias e realizada durante o horário normal de expediente".

    Por e-mail, a assessoria de imprensa do Hopi Hari informou que "todos os funcionários recém-contratados passam por treinamento completo, teórico e prático". "Considerando sua formação técnica e credenciamento ativo, há ainda capacitação específica para as atrações do parque, de acordo com normas de segurança e instruções dos fabricantes da atração", diz a nota.

    Segundo a assessoria, o treinamento é supervisionado por engenheiros experientes e o funcionário é habilitado para operar as atrações apenas após completo treinamento e avaliação, com nota mínima de oito.

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