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    Free-shop luta por cada minuto do passageiro

    DO "FINANCIAL TIMES"

    06/08/2017 02h00

    Eduardo Knapp/Folhapress
    Free-shop no Terminal 2 do aeroporto de Guarulhos
    Free-shop no Terminal 2 do aeroporto de Guarulhos

    Qualquer passageiro com pressa sabe que todo minuto conta no aeroporto. Mas não é só para o viajante que ele importa: os free-shops também estão de olho.

    Um dos dilemas enfrentados pela indústria global é que, apesar de check-in e demais processos serem hoje mais rápidos, os passageiros têm chegado mais tarde e só possuem 30 minutos para comer ou comprar no aeroporto.

    Esse tempo (estável desde 2013) pode ser suficiente para quem já planejou as aquisições, "mas não basta para as compras de impulso, que são muito importante para as lojas de aeroporto", diz Nigel Dolby, consultor da indústria aeroportuária.

    Para impulsionar as suas vendas, a suíça Dufry, maior rede de free-shops do mundo, está usando tecnologia para se comunicar com clientes antes mesmo da chegada deles ao aeroporto.

    Além disso, está fazendo parcerias com companhias aéreas para apresentar ofertas aos passageiros a partir do momento em que a passagem é marcada.

    "Apenas 16% dos passageiros que passam por um aeroporto compram algo", explica Julián Diaz, presidente-executivo da Dufry.

    Uma dificuldade enfrentada por essa indústria que movimentou US$ 46 bilhões em 2016 no mundo é que, se para muitos comprar um perfume ou um uísque é um prazer, outros podem se sentir desconfortáveis com o bombardeio de ofertas das lojas.

    Um outro obstáculo é que a compra on-line em casa pelos passageiros pode afastá-los das unidades físicas dos aeroportos.

    Um outro questionamento enfrentado pelo setor é como continuar se reinventando para encontrar novas maneiras de faturar, como o formato que obriga o passageiro a atravessar o free-shop após passar pelo controle de segurança do aeroporto.

    Para Henry Harteveldt, presidente de uma consultoria especializada no setor, esse tipo de formato pode levar o viajante a ficar irritado com a loja e com o aeroporto.

    Uma solução para os aeroportos, segundo ele, seria adotar o modelo de lojas temporárias ("pop-up"). Como elas só funcionariam por um período limitado de tempo, seriam uma forma de atrair os passageiros com pressa.

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