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    Servidores prometem greve no fim de agosto contra congelamento de salário

    GILMARA SANTOS
    DE SÃO PAULO

    15/08/2017 18h07

    Representantes dos servidores públicos federais decidiram nesta terça-feira (15) que farão um dia de protestos no fim de agosto contra a intenção do governo de congelar o reajuste salarial de algumas categorias do funcionalismo e de limitar o salário inicial de novos servidores a R$ 5.000.

    A categoria esteve reunida nesta terça no Fonacate (Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado).

    "Vamos fazer atos públicos para mostrar que, se o governo insistir, vamos endurecer nas nossas ações", alerta o presidente do Sinait (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho), Carlos Silva.

    O dia nacional de protestos será realizado entre 29 e 31 de agosto, sendo que as bases vão definir a data das paralisações nas suas regiões.

    "Todas as categorias concordaram com a medida", garante Silva.

    Além da greve de um dia, o representante sindical disse que outras duas ações foram aprovadas durante a reunião.

    Departamentos jurídicos dos sindicatos dos servidores trabalharão em conjunto para definir a melhor ação judicial contra as medidas do governo e também será apresentada uma denúncia na OIT (Organização Internacional do Trabalho) por descumprimento da Convenção 151, que trata da negociação coletiva do funcionalismo.

    "Estamos articulados para reagir, inclusive juridicamente, se o governo insistir em tirar os direitos adquiridos pelos trabalhadores", enfatiza Silva.

    HISTÓRICO

    Para tentar reduzir o rombo do Orçamento 2018, o governo pretende adiar o reajuste salarial de parte dos servidores públicos para o segundo semestre do ano que vem.

    O congelamento dos salários de servidores garantiria, segundo o governo, economia de R$ 9,8 bilhões.

    Serão atingidos professores, militares, policiais, auditores da Receita Federal, peritos do INSS, diplomatas e oficiais de chancelaria e carreiras jurídicas. Outras categorias poderão ser incluídas.

    Além disso, o salário inicial de novos servidores ficará restrito a R$ 5.000 e haverá corte de benefícios como auxílio-moradia e ajuda de custo em casos de remoção.

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