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    Por popularidade e reforma, Temer faz ofensiva sobre líderes religiosos

    GUSTAVO URIBE
    DE BRASÍLIA

    15/08/2017 19h40

    Pedro Ladeira/Folhapress
    BRASILIA, DF, BRASIL, 31-05-2017, 12h00: O presidente Michel Temer, acompanhado dos ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Osmar Terra (Desenvolvimento Social e Agrário) e do presidente do senado Eunício Oliveira (PMDB-CE), durante cerimônia de Cerimônia de Lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar 2017/2020, no Palácio do Planalto. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress, PODER)
    O presidente da República, Michel Temer (PMDB)

    O presidente Michel Temer iniciará a partir desta semana uma ofensiva sobre líderes religiosos, que exercem influência sobre parcela da população, na tentativa de recuperar popularidade e conseguir apoio à reforma previdenciária.

    O esforço terá início na quinta-feira (17), quando o peemedebista visitará a Expo Cristã e participará de café da manhã com representantes de denominações evangélicas de grande, médio e pequeno portes.

    O encontro reservado, na capital paulista, terá as participações de líderes das Assembleias de Deus, Renascer, Mundial, Fonte da Vida, entre outras. Na reunião, o presidente pedirá apoio às mudanças na aposentadoria e às medidas econômicas.

    A maior parte das denominações neopentecostais defende a reforma previdenciária, mas há resistência sobre as novas regras serem válidas para as aposentadorias atuais.

    Além dos evangélicos, o presidente ampliará o esforço aos católicos e judeus. O presidente pretende se reunir até o início de setembro com representantes da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).

    A entidade religiosa se posicionou em abril contra as mudanças nas aposentadorias, alegando que ela "escolhe o caminho da exclusão social".

    O presidente quer convencer a CNBB que, com as mudanças feitas pelo relator da proposta, as classes menos favorecidas terão tratamento especial, principalmente em relação à aposentadoria rural e ao benefício de prestação continuada.

    MERCADO FINANCEIRO

    Temer pretende reconquistar o apoio junto ao mercado financeiro e melhorar os seus índices de popularidade enquanto uma nova denúncia contra ele não é apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

    A última pesquisa Ibope, de julho, mostrou que apenas 5% da população considera o governo ótimo ou bom.

    Nas últimas semanas, ele retomou a agenda de viagens pelo país e encontros reservados com empresários e investidores para vender a imagem de que ainda tem força política para cumprir a promessa de recuperar a economia.

    Nas palavras de um assessor presidencial, a ideia é reforçar que o peemedebista deixou de ser um "reformista" para se transformar no "presidente da travessia" e que entregará o país com taxas de crescimento a seu sucessor em 2018.

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