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    Acionistas minoritários articulam saída dos irmãos Batista da JBS

    NICOLA PAMPLONA
    DO RIO
    JOANA CUNHA
    SÃO PAULO

    16/08/2017 02h00

    Zanone Fraissat/Folhapress
    SAO PAULO/SP-BRASIL,29/08/13 wesley Batista (esq) e Joesley Batista (dir), donos da friboi na cerimonia de entrega do premio as Melhores da Dinheiro 2013 no Credicard Hall.(Foto: Zanone Fraissat /MONICA BERGAMO)
    Os irmãos Wesley (à esq.) e Joesley Batista

    Enquanto o BNDES, principal acionista minoritário da JBS, propõe a abertura de processo de responsabilidade civil contra controladores e administradores da empresa, outros investidores se articulam para tentar votar o afastamento da família Batista do comando da empresa.

    Os acionistas da JBS se reúnem em assembleia no próximo dia 1º, quando vão discutir a proposta do BNDES para processar os controladores e os ex-administradores Joesley Batista, Florisvaldo Caetano de Oliveira e Francisco de Assis e Silva.

    Com 21,3% das ações, o banco quer ainda a contratação de uma auditoria externa para quantificar os danos gerados à empresa e identificar outros responsáveis.

    A proposta foi vista pelo mercado como um recuo, já que, ao assumir o comando do BNDES, em junho, Paulo Rabello de Castro defendeu publicamente o afastamento da família Batista.

    "A permanência dos Batista é insustentável sob qualquer ponto de vista. São criminosos confessos e não poderiam continuar no comando de qualquer companhia do Brasil", disse o vice-presidente da Associação dos Investidores Minoritários do Brasil, Aurélio Valporto.

    Ele disse que já iniciou "procedimentos judiciais" para propor, na assembleia, pedido de afastamento dos controladores. Valporto não quis dizer, porém, quantos acionistas fazem parte do grupo que está articulando para votar a proposta.

    Excluindo BNDES, os minoritários têm 36% do capital da JBS, nenhum deles com mais de 5% –o que pode dificultar a formação de um bloco. Os controladores detêm 42%.

    Valporto defende, porém, que os controladores não poderão votar a proposta, já que são parte interessada.

    Em teleconferência na manhã desta terça (15), Wesley Batista evitou comentar as manifestações do BNDES. Segundo ele, a reunião de setembro será "uma ótima oportunidade para mostrar o que foi feito" em termos de medidas de ajuste após o estouro do escândalo criado pelas delações.

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