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    Setor de serviços tem alta em junho e fecha 2º trimestre no azul

    DA REUTERS

    16/08/2017 10h22

    O setor de serviços brasileiro registrou em junho a maior alta mensal em pouco mais de um ano, fechando o segundo trimestre no azul depois de nove trimestres seguidos de perdas.

    O volume de serviços aumentou 1,3% em junho ante maio, melhor desempenho desde o avanço de 1,4% visto em março de 2016, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (16).

    O resultado ficou bem acima da expectativa em pesquisa da Reuters de ganho de 0,6% na comparação mensal, e também foi a melhor leitura para o mês desde o início da série histórica iniciada em 2012.

    Em relação ao mesmo mês do ano passado, o setor registrou queda no volume de 3%, um pouco melhor do que a expectativa de recuo de 3,7%.

    Com isso, a atividade de serviços encerrou o segundo trimestre com alta de 0,3% em relação aos três meses anteriores, apresentando ganhos pela primeira vez depois de nove trimestres seguidos de resultados negativos.

    Segundo o IBGE, quatro das cinco principais categorias registraram aumento no volume de serviços em junho, sendo a exceção serviços de informação e comunicação (-0,2%).

    O volume de serviços prestados às famílias e transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio tiveram aumento de 1% no mês. Já serviços profissionais, administrativos e complementares avançaram 0,8%, enquanto outros serviços aumentaram 0,7%.

    Apesar dos resultados melhores do que o esperado, o setor de serviços ainda enfrenta a elevada taxa de desemprego e o coordenador da pesquisa no IBGE, Roberto Saldanha, encara os números com cautela.

    "O que dá para dizer é que a pior fase para o setor de serviços já passou, mas não dá para bancar uma recuperação", disse ele. "Para ser uma recuperação, é preciso crescimento mais forte da economia, reação mais robusta da indústria e dos próprios governos, que contratam muitos serviços", acrescentou.

    O setor também é favorecido pela inflação baixa e pela queda da taxa de juros, que também ajudaram as vendas no varejo em junho a subirem 1,2% sobre o mês anterior e 3% na comparação com o mesmo período de 2016.

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