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    Cemig propõe manter usinas que União quer vender

    MARIANA CARNEIRO
    JULIO WIZIACK
    DE BRASÍLIA

    18/08/2017 02h00

    Cemig/Divulgação
    UHE São Simão, localizada no Rio Parnaiba, em São Simão
    UHE São Simão, localizada no Rio Parnaiba, em São Simão

    O governo enfrenta uma disputa com a Cemig que pode levar ao descumprimento da meta de deficit deste ano de R$ 159 bilhões. A estatal mineira de energia entregou nesta quinta (17) uma proposta ao Ministério do Planejamento para ficar com três das quatro hidrelétricas que a União quer vender para levantar R$ 11 bilhões neste ano.

    A Cemig quer devolver a usina de Volta Grande, avaliada em R$ 1,3 bilhão, e permanecer com as de São Simão, Miranda e Jaguara pagando R$ 9,7 bilhões.

    O problema é que, ainda segundo a Cemig, a empresa só tem R$ 3,5 bilhões no caixa. A diferença de R$ 6,2 bilhões seria coberta por empréstimos com um grupo de bancos liderados pelo BNDES.

    Representantes da Fazenda ponderaram que a operação seria possível desde que a Cemig apresentasse garantias bancárias.

    Na conversa, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, disse que o endividamento da empresa já equivale a quatro vezes sua geração de caixa. Por isso, dificilmente o negócio poderia ser feito.

    O governo mantém a intenção de realizar os leilões, mas, para isso, terá de obter vitória no STF, onde a Cemig questiona a devolução das usinas.

    Para a empresa, os contratos das três hidrelétricas previam que a primeira renovação seria automática, mas Dilma Rousseff mudou as regras do setor para a renovação contratual e a Cemig não aceitou. Por isso, a União retomou as usinas. A estatal mineira, no entanto, continua operando por meio de decisões judiciais.

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