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    Petrobras puxa alta de 1% da Bolsa; dólar corrige e cai para R$ 3,14

    DE SÃO PAULO

    18/08/2017 17h58

    A forte alta do preço do petróleo no exterior impulsionou as ações da Petrobras nesta sexta (18) e contribuiu para a valorização de mais de 1% da Bolsa brasileira nesta sessão. O dólar devolveu toda a alta do dia anterior após o atentado em Barcelona e fechou em baixa.

    O Ibovespa, índice que reúne as ações mais negociadas da Bolsa, subiu 1,09%, para 68.714 pontos. Na semana, a alta foi de 2,01%. Foi a quarta semana seguida de valorização do índice.

    O dólar comercial teve queda de 1%, para R$ 3,147, enquanto na semana caiu 0,88%. O dólar à vista recuou 0,56%, para R$ 3,151. A queda foi de 0,27% na semana.

    Um dia após o atentado com van em Barcelona que elevou a cautela nos mercados internacionais, Bolsa e dólar devolveram a aversão a risco nesta sessão, com a ajuda de commodities como o petróleo.

    Dados dos Estados Unidos indicaram queda nos estoques de petróleo no país. Os dados da Administração de Informações de Energia mostraram que os estoques caíram quase 13% das máximas de março de 466,5 milhões de barris. Os estoques estão agora inferiores aos de 2016.

    Com isso, o barril do petróleo Brent, negociado em Londres, teve alta de 3,51%, para US$ 52,82. O barril do WTI, dos EUA, avançou 3,31%, para US$ 48,65.

    "Outro fator que contribuiu foi o aumento do rating da Anglo American, que está no primeiro nível de grau de investimento. Por arbitragem [operação que aproveita a diferença de preços], as ações de outras empresas sobem", diz Raphael Figueredo, analista da Clear Corretora.

    Aqui, além do exterior, a ampliação até 2040 do regime de isenções fiscais para a importação de equipamentos petrolíferos colaborou para o bom humor.

    Os papéis mais negociados da estatal avançaram 4,21%, para R$ 13,60. As ações que dão direito a voto subiram 3,24%, para R$ 14,04.

    Os papéis da mineradora Vale fecharam em alta, após o avanço de 3,35% do minério de ferro. Os papéis com direito a voto tiveram alta de 1,12%, para R$ 31,55. As ações preferenciais subiram 0,10%, para R$ 29,34.

    "A Bolsa acabou se destacando em razão das commodities, que deram um fôlego extra, junto com o setor bancário", diz Figueredo.

    As ações do Itaú subiram 0,96%. Os papéis preferenciais do Bradesco avançaram 2,06%, e os ordinários se valorizaram 3,76%. As ações do Banco do Brasil tiveram ganho de 0,90%. As units –conjunto de ações– do Santander Brasil subiram 1,67%.

    As ações da Natura lideraram as altas do Ibovespa, com ganho de 4,35%. Na ponta contrária, os papéis da Kroton caíram 2,40%.

    RISCO

    No cenário externo, a demissão de Steve Bannon, estrategista-chefe da Casa Branca, ajudou a aliviar a cotação do dólar no mundo. A moeda americana perdeu força ante 19 das 31 principais divisas mundiais.

    Bannon era considerado opositor de Gary Cohn, um dos nomes cotados para substituir Janet Yellen no banco central americano.

    Ele também representava a ala de extrema-direita do governo de Donald Trump que críticos diziam ter encorajado supremacistas brancos como os que se envolveram nos confrontos em Charlottesville, Virgínia, no último final de semana.

    O CDS (credit default swap), espécie de termômetro de risco-país, recuou 1,72%, para 203,3 pontos.

    No mercado de juros futuros, os contratos mais negociados fecharam em baixa. A taxa para janeiro de 2018 caiu de 8,125% para 8,065%. A taxa para janeiro de 2019 teve queda de 8,120% para 8,060%.

    Folhainvest

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