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    Bolsa fecha em alta pelo terceiro dia seguido com otimismo do mercado

    GILMARA SANTOS
    DE SÃO PAULO

    24/08/2017 18h22

    Joel Silva / Folhapress
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    Bolsa brasileira tem o maior patamar desde 12 de janeiro de 2011

    O mercado financeiro adotou um tom confiante com a economia brasileira com a aprovação, pelo plenário da Câmara dos Deputados, da nova taxa de juros do BNDES. A análise de três destaques da medida provisória ficou para a semana que vem e só depois o texto segue para o Senado.

    "O mercado reagiu bem à aprovação da TLP [Taxa de Longo Prazo] hoje pela Câmara e está confiante também com anúncio das concessões feito pelo governo", explica Bruno Foresti, gerente de câmbio do banco Ourinvest.

    Pelo terceiro dia seguido a Bolsa brasileira fechou em alta. O Ibovespa, índice que reúne as ações mais negociadas da Bolsa brasileira, subiu 0,93%, para 71.132 pontos. É o maior patamar desde 12 de janeiro de 2011, quando o indicador fechou aos 71.632 pontos.

    O dólar comercial fechou com leve alta de 0,09%, para R$ 3,147. O dólar à vista, que fecha mais cedo, recuou 0,56%, para R$ 3,135.

    "O Brasil trabalhou descolado do mercado externo, que teve seus principais indicadores operando no negativo. O mercado interno está animado com as medidas anunciadas pelo governo", comenta Ari Santos, gerente da mesa de renda variável da H.Commcor.

    Além da aprovação da TLP, as privatizações anunciadas no início da semana pelo presidente Michel Temer também contribuíram para essa onda de otimismo.

    Na terça, o governo propôs a privatização da Eletrobras, o que fez com que as ações da estatal subissem quase 50%. Na quarta, as ações devolveram parte dos ganhos e fecharam em baixa.

    Nesta quinta, os papéis da estatal voltaram a subir, com as ordinárias avançando 3,98% e as preferenciais 1,26%%.

    "Uma nova onda de otimismo parece estar prevalecendo nos mercados nos últimos dias", diz Rafael Sabadell, Gestor da GGR Investimentos.

    Para ele, as propostas de concessões e privatizações devem trazer algum alívio para as contas do governo.

    "O mercado voltou a adotar tom mais confiante com a economia brasileira, o que tem refletido nos ativos de risco brasileiros nos últimos dias. A Bolsa renovou a máxima dos últimos anos e juros futuros refletem as perspectivas de mercado para a taxa Selic para o final de 2017 próxima de 7%", afirma.

    AÇÕES

    Mesmo com o preço do petróleo fechando em queda, os papéis da Petrobras se valorizaram nesta quinta-feira. As ações mais negociadas subiram 0,29%, para R$ 13,80. Os papéis ordinários tiveram alta de 0,56%, para R$ 14,40.

    As ações da Cemig fecharam o dia em alta de 1,04%, reflexo da decisão do governo de oferecer aos investidores as concessões de quatro hidrelétricas que eram operadas pela estatal mineira.

    No setor financeiro, as ações do Itaú Unibanco subiram 0,83%. Os papéis preferenciais do Bradesco se valorizaram 0,33%, e os ordinários caíram 0,21%%. As ações do Banco do Brasil tiveram valorização de 0,34%, e as units -conjunto de ações- do Santander Brasil ganharam 0,50%.

    "Essa reação positiva do mercado é reflexo da tentativa do governo de tentar equilibrar o orçamento e isso gera confiança e contribui para a onda de otimismo que estamos vendo nesses dias", comenta o gerente de operações da Gradual Investimentos, Pedro Coelho Afonso.

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