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    Sete Brasil adia assembleia que discutiria recuperação judicial

    NICOLA PAMPLONA
    DO RIO

    28/08/2017 19h06

    Alexandre Gentil/Divulgação
    ANGRA DOS REIS, RJ, BRASIL, 22-01-2014: Casco da primeira sonda de perfuração da Sete Brasil, chega de Cingapura ao estaleiro BrasFELS, em Angra dos Reis (RJ). (Foto: Alexandre Gentil/Divulgação) ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM*** ORG XMIT: AGEN1401221835430658
    Casco de sonda de perfuração da Sete Brasil, em Angra dos Reis (RJ)

    A Sete Brasil adiou para o dia 10 de outubro assembleia de credores que seria realizada nesta segunda (28) para analisar o novo plano de recuperação judicial, entregue à Justiça no início do mês.

    A empresa não comenta o assunto, mas a Folha apurou que o adiamento teve como objetivo dar mais prazo para negociações com a Petrobras a respeito do número de sondas que podem ser contratadas pela estatal.

    No dia 23 de junho, a Petrobras informou que sua diretoria havia autorizado o reinício das conversas com a Sete, empresa criada no governo Lula para ser a maior fornecedora de sondas de perfuração para o pré-sal.

    Com o início da Operação Lava Jato, a Sete passou a enfrentar dificuldades ara obter financiamento e, em abril de 2016, apelou à recuperação judicial, com uma dívida calculada em R$ 19,3 bilhões.

    O novo plano prioriza a construção de quatro das 29 sondas contratadas —aquelas em estágio mais avançado de construção e que estão em estaleiros com capacidade para concluir as obras mais rapidamente e, se possível, com recursos próprios.

    Como garantia, a Sete propõe dar aos estaleiros o direito de vender as unidades, caso atrase os pagamentos.

    O plano diz que a empresa precisará de US$ 4,345 bilhões para construir até oito sondas e dá prioridade sobre o fluxo de caixa às instituições que emprestarem os recursos.

    Os atuais credores só começariam a receber recursos a partir de 2020.

    A empresa tem como sócios a Petrobras, os bancos BTG Pactual, Santander e Bradesco, os fundos de pensão Petros, Funcef e Previ —dos empregados da Petrobras, Caixa e Banco do Brasil, respectivamente— e investidores estrangeiros.

    No início do ano, os fundos de pensão iniciaram processos de arbitragem internacional contra a Petrobras para tentar recuperar o investimento. Segundo a estatal, o valor pedido é R$ 4,475 bilhões.

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