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    Bolsa sobe e dólar fecha estável à espera de votações no Congresso

    DE SÃO PAULO

    29/08/2017 17h43

    O mercado financeiro enfrentou um dia de oscilações diante do aumento da aversão a risco no exterior após um míssil da Coreia do Norte sobrevoar o Japão, mas as tensões se dissiparam e colaboraram para a Bolsa fechar em alta e o dólar encerrar perto da estabilidade.

    O Ibovespa, índice das ações mais negociadas da Bolsa, fechou em alta de 0,44%, para 71.329 pontos.

    O dólar comercial fechou estável a R$ 3,164. O dólar à vista se valorizou 0,41%, para R$ 3,169.

    O dia começou com os mercados reagindo mal ao lançamento, na noite de segunda, de um míssil da Coreia do Norte, que sobrevoou o norte do Japão e caiu no oceano Pacífico.

    O presidente americano, Donald Trump, respondeu ao disparo e disse que "todas as opções estão sobre a mesa", elevando a preocupação dos investidores com um conflito entre os dois países.

    As tensões se dissiparam com o passar do dia, mas ainda assim o dólar se valorizou ante 17 das 31 principais moedas do mundo.

    Além do exterior, algumas incertezas envolvendo o cenário doméstico contribuíram para aumentar a cautela do mercado.

    Em viagem à China, o presidente Michel Temer foi substituído pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Com isso, o comando da Casa ficará com o deputado André Fufuca (PP-MA), 28, durante nove dias.

    "Há a expectativas de votações relevantes no Congresso, e, por mais que se ache que o governo conseguirá passar as pautas, surgiram dúvidas de que o interino da Câmara não conseguiria pautar as discussões", afirma Roberto Indech, analista-chefe da corretora Rico.

    "Ele assume num momento bastante turbulento no cenário político, e o mercado como um todo tem acompanhado de forma próxima essas votações", ressaltou.

    Uma das preocupações é com a TLP, que já foi aprovada em plenário da Câmara, mas ainda precisa ser votada no Senado até 6 de setembro, sob risco de perder a validade.

    O governo espera ainda votar uma nova versão do Refis, programa de refinanciamento de dívidas de contribuintes. Além disso, há expectativa de que a Câmara vote a emenda da reforma política, que estabelece o fim das coligações partidárias para as eleições proporcionais e cria uma cláusula de barreira para limitar o acesso aos recursos do fundo partidário e ao tempo de rádio e TV.

    O CDS (credit default swap) brasileiro também repercutiu o aumento da tensão e subiu 0,27%, para 200,4 pontos.

    No mercado de juros futuros, os contratos com vencimentos mais negociados recuaram. A taxa para janeiro de 2018 caiu de 7,860% para 7,815%. O contrato com vencimento em janeiro de 2019 passou de 7,830% para 7,780%.

    AÇÕES

    Das 58 ações negociadas no Ibovespa, 39 subiram e 19 fecharam o dia com desvalorização.

    A maior alta do dia foi registrada pela Embraer, que avançou 4,11%. Na ponta contrária, as ações ordinárias da Eletrobras recuaram 2,67%.

    Os papéis da Petrobras fecharam em baixa, em dia em que os preços do petróleo fecharam com sinais mistos no exterior. As ações mais negociadas da Petrobras recuaram 0,14%, para R$ 13,85. As ações que dão direito a voto perderam 0,69%, para R$ 14,30.

    A mineradora Vale encerrou o dia em alta, apesar da queda de 1,02% dos preços do minério de ferro. Os papéis com direito a voto da empresa subiram 0,23%, para R$ 34,44. As ações preferenciais fecharam o dia com avanço de 0,06%, para R$ 31,57.

    No setor financeiro, os papéis do Itaú Unibanco subiram 0,91%. As ações preferenciais do Bradesco subiram 1,71%, e as ordinárias se valorizaram 1,37%. O Banco do Brasil recuou 0,66%, e as units –conjunto de ações– do Santander Brasil avançaram 0,57%.

    As ações da Sabesp subiram 2,07%. O governo de Geraldo Alckmin tenta acelerar a aprovação de um projeto que busca atrair novos investidores para uma holding que gerenciaria ativos de saneamento básico, entre eles a Sabesp.

    Folhainvest

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