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    Inflação baixa dá flexibilidade para BC reduzir juros, diz Meirelles

    LUCAS VETTORAZZO
    DO RIO

    06/09/2017 15h10

    O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta quarta-feira (6) que a inflação baixa dá "flexibilidade" para o Banco Central continuar com a política de redução da taxa básica de juros, a Selic.

    O IPCA, índice oficial de inflação do país, encerrou agosto em 0,18%. No acumulado em 12 meses, a alta é de 2,46%, a menor desde fevereiro de 1999.

    O comitê de política monetária (Copom) do Banco Central se reúne nesta quarta para definir a nova taxa de juros do país, atualmente em 9,25%. Analistas preveem queda de até um ponto percentual diante do ciclo benéfico da inflação.

    Meirelles disse que os dados da "economia real" mostram que o país segue em ritmo de retomada. Ele citou o aumento da produção de veículos em agosto, que teve alta de 45,1% frente ao verificado um ano antes, além da melhora das exportações.

    "Não há dúvida de que a inflação baixa é uma boa notícia, porque ela permite o aumento do poder de compra da população. Isso dá flexibilidade ao Banco Central para baixar juros. Não acho produtivo falar o que o BC poderia fazer, mas tudo isso é algo que se soma à recuperação da economia", disse.

    O ministro da Fazenda também comemorou o bom desempenho da Bolsa de Valores nesta quarta. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, atingiu no fim da manhã a marca de 73 mil pontos.

    Ele afirmou que são favoráveis também os cenários para o câmbio, juro de longo prazo e o risco país. Os dados recentes mostram, segundo Meirelles, a atividade econômica cresce de maneira disseminada.

    "A economia real mostra dados concretos de retomada. Há a redução da taxa de desemprego, melhores índices de produção de automóveis. Estamos criando também as condições para que os índices do mercado financeiro comecem a se valorizar, como bolsa, câmbio, juro de longo prazo e risco país", disse.

    O ministro esteve no Rio para celebrar a assinatura do plano de recuperação fiscal do Estado. O pacote permite que o Estado deixe de pagar juros da dívida com a União até 2020, além de permitir que o Rio contraia empréstimos de até R$ 11,1 bilhões para pagar salário de servidores em atraso. "O acordo permite ao Rio recuperar suas finanças no momento em que o Brasil volta a crescer", disse Meirelles.

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