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    Espanha multa Facebook em € 1,2 milhão por violar proteção de dados

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    11/09/2017 11h48 - Atualizado às 15h09

    Dado Ruvic/Reuters
    A man is silhouetted against a video screen with an Facebook logo as he poses with an Samsung smartphone in this photo illustration taken in the central Bosnian town of Zenica in a file photo taken August 14, 2013. Facebook Inc will buy fast-growing mobile-messaging startup WhatsApp for $19 billion in cash and stock, as the world's largest social network looks for ways to boost its popularity, especially among a younger crowd. REUTERS/Dado Ruvic/Files (BOSNIA AND HERZEGOVINA - Tags: BUSINESS TELECOMS) ORG XMIT: TOR903
    Homem segura celular em frente à tela com imagem do Facebook

    A rede social americana Facebook terá que pagar multa de € 1,2 milhão (R$ 4,4 milhões) na Espanha por obter dados sem o consentimento dos usuários e não informar claramente o uso que dá às informações, anunciou a Agência Espanhola de Proteção de Dados

    A multa é resultado de uma investigação sobre a empresa, que também foi conduzida na Bélgica, França, Alemanha e Holanda.

    "A agência declara a existência de duas infrações graves e uma muito grave da Lei de Proteção de Dados e impõe ao Facebook uma multa total de € 1,2 milhão", diz em comunicado.

    Foi observado que houve duas infrações graves e uma muito grave da lei espanhola de proteção de dados.

    O Facebook tem dois meses para recorrer contra a multa.

    Após uma investigação, a agência constatou "que o Facebook compila dados sobre ideologia, sexo, crenças religiosas, gostos pessoais ou navegação sem informar de forma clara sobre o uso e a finalidade que vai dar aos mesmos".

    A rede social usa dados "especialmente protegidos com fins de publicidade (...) sem obter o consentimento expresso dos usuários como exige a norma de proteção de dados".

    Além disso, utiliza dados obtidos em páginas de terceiros "que não são do Facebook e que contêm a opção 'curtir'", destacou a agência.

    A AEPD disse que o Facebook não informou suficientemente os usuários sobre como utiliza os dados coletados de sites de terceiros e que a empresa não obteve consentimento para usá-los.

    "A rede social usa dados especificamente protegidos para propaganda, entre outros fins, sem obter o consentimento expresso dos usuários conforme a lei de proteção de dados exige, uma infração grave", disse a agência.

    Usando cookies, a rede social também coleta dados de pessoas que não têm contas no Facebook, mas navegam em páginas que têm o botão "curtir", disse a AEPD. Por último, a rede não elimina os dados dos usuários quando deixam de ser úteis, nem sequer quando solicitam explicitamente sua eliminação.

    Usando cookies, a rede social também coleta dados de pessoas que não têm contas no Facebook, mas navegam em páginas que têm o botão "curtir", afirmou a agência.

    O Facebook disse que leva a sério a privacidade das pessoas que utilizam seus serviços, que cumpre a lei de proteção de dados da União Europeia e que planeja recorrer da decisão.

    "Como nós deixamos claro para [a AEPD], os usuários escolhem as informações que querem adicionar ao seu perfil e compartilham com outras pessoas, como a religião. No entanto, não usamos essas informações para direcionar anúncios", disse uma porta-voz da empresa.

    De acordo com o Facebook, a segmentação de pessoas em conteúdo relevante para assuntos que elas indicaram interesse é amplamente utilizada pelo setor de publicidade digital e é diferente de mostrar conteúdo baseado em dados pessoais fornecidos pelos usuários.

    A agência também informou que encontrou evidência de que a rede social mantém informações dos usuários por mais de 17 meses depois que eles encerram suas contas. O Facebook afirma que apaga dados como fotografias e atualizações de status dos usuários quando as contas são encerradas, em um processo que pode levar até 90 dias, mas que normalmente é completado antes.

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