• Mercado

    Friday, 03-May-2024 19:37:12 -03

    Seca eleva preço da energia e governo propõe campanha para uso racional

    NICOLA PAMPLONA
    DO RIO

    19/09/2017 20h52

    Ueslei Marcelino/Reuters
    Linhas de energia conectando torres de eletricidade de alta tensão, em Brasília
    Linhas de energia conectando torres de eletricidade de alta tensão, em Brasília

    A seca prolongada vai ter impactos no custo da energia e o governo decidiu propor o lançamento de uma campanha para que a população reduza o consumo de eletricidade para segurar os preços.

    A proposta foi feita em reunião extraordinária do Conselho de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), convocada para esta terça (19) para avaliar a situação do abastecimento com a estiagem prolongada.

    Na segunda (18), os reservatórios das hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste do país estavam a 28% de sua capacidade, próximo aos 25% registrados em setembro de 2014, quando o país enfrentou sua pior crise hídrica após o racionamento de 2001.

    O CMSE descartou, por enquanto, o uso de térmicas mais caras para poupar água nos reservatórios, mas a expectativa é que a bandeira vermelha na conta de luz seja acionada em outubro.

    Este mês, está em vigor a bandeira amarela, que acrescenta R$ 0,02 por quilowatt-hora (kWh) consumida. Na bandeira vermelha patamar 1, são R$ 0,03 por kWh. O governo tenta evitar que chegue ao patamar 2, que custa R$ 0,035 por kWh.

    "Tendo em vista o aumento de preço da energia elétrica frente à escassez hídrica, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) apresentará, na próxima reunião do CMSE, proposta para viabilização de campanha de conscientização do uso da energia elétrica pela população", diz a nota do CMSE.

    Outra medida em estudo é a flexibilização de restrições hidráulicas de algumas hidrelétricas, que estão gerando menos energia para poupar água nos reservatórios.

    A previsão é que as chuvas ainda fiquem abaixo da média até a primeira quinzena de outubro. Além disso, o aumento das temperaturas na região Sul, em São Paulo e no Centro Oeste devem contribuir para aumentar o consumo de eletricidade.

    Na nota, o CMSE diz que não há risco de falta de energia, apesar da seca, e continuará monitorando as condições de abastecimento.

    Edição impressa

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024