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    Dono da Riachuelo confronta Ministério Público do Trabalho

    JOANA CUNHA
    DE SÃO PAULO

    22/09/2017 02h00

    Luiz Carlos Murauskas - 11.jun.2015/Folhapress
    SAO PAULO, SP, BRASIL, 11-06-2015 11h: * Julio Wizak. Sabatina no auditorio com Flavio Rocha, presidente da Riachuelo. ( Foto: Luiz Carlos Murauskas/Folhapress, MERCADO ) ***RESTRICAO***
    Flávio Rocha, presidente da Riachuelo

    O empresário Flávio Rocha, dono da Riachuelo, se envolveu, nos últimos dias, em uma disputa com procuradores do Trabalho no Rio Grande do Norte, onde estão instaladas confecções que terceirizam a produção para sua rede de lojas.

    O conflito evoluiu para uma escalada retórica por parte do empresário em redes sociais contra o Ministério Público do Trabalho e uma procuradora, Ileana Mousinho, depois que o órgão ajuizou ação civil pública pedindo indenização de R$ 37 milhões contra a Guararapes, empresa que controla a Riachuelo, questionando os contratos com os terceirizados.

    A tensão gerou também manifestações do MPT, da ANPT (Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho) e de funcionários.

    A ANPT divulgou uma nota na terça (19), afirmando que os executivos da empresa se referiram à procuradora como "exterminadora do emprego" e "câncer" nas redes sociais. A reportagem não localizou tais mensagens entre as manifestações de Rocha na internet. Procurada, a assessoria de imprensa do empresário disse que ele jamais escreveu e também não apagou ofensas do tipo.

    Em sua página na internet, Rocha faz provocações. Sugere que a procuradora não seria aplaudida se visitasse uma fábrica porque suas ações prejudicam o emprego.

    Depois, ele se desculpa. "Não quis atingir a honra da procuradora Ileana Mousinho. Se fui enfático nas críticas foi porque o que está em jogo é o emprego de milhares de pessoas", escreveu.

    Em nota, a Guararapes, que controla a Riachuelo, diz que mantém contratos de prestação de serviço com oficinas de costura do Estado e que os vínculos obedecem normas do programa Pró-Sertão, do governo do Estado.

    "Pelos contratos, as terceirizadas se comprometem a respeitar a legislação trabalhista, o que é verificado por auditorias." A companhia diz também que teve apoio de congressistas de diversos partidos no conflito.

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