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    Uber dirá em tribunal do trabalho do Reino Unido que opera como rivais

    DA REUTERS

    26/09/2017 14h39

    Toby Melville/Reuters
    A photo illustration shows the Uber app logo displayed on a mobile telephone, as it is held up for a posed photograph in central London September 22, 2017. REUTERS/Toby Melville ORG XMIT: TOB515
    Celular com app da Uber em Londres; empresa perderá licença para operar na capital inglesa

    A Uber defenderá seu modelo de negócio em um tribunal de trabalho britânico nesta quarta-feira (27), argumentando que seus motoristas são trabalhadores autônomos e operam da mesma forma que nas empresas de táxis locais estabelecidas há muito tempo, de acordo com um documento judicial.

    A empresa argumentará que seus motoristas não são funcionários da empresa, mas que seu aplicativo atua como um agente que conecta motoristas autônomos com clientes, em uma espécie de relacionamento que existia muito antes da "economia do bico".

    "Na verdade... o cargo de motoristas que utilizam o aplicativo é idêntico à posição de trabalhadores autônomos de motoristas privados de empresas tradicionais de minicabs", diz a defesa

    Minicabs, ou carros particulares de táxi, surgiram na Grã-Bretanha há mais de 50 anos. Os minicabs não podem acionados na rua como os táxis tradicionais, mas as corridas podem ser reservadas ou solicitadas por telefone ou via internet.

    A empresa americana apelou de uma decisão do tribunal no ano passado, determinando que deveria tratar dois de seus motoristas como empregados, o que lhes daria direito a salário mínimo e férias remuneradas.

    Esse veredicto poderia afetar milhares de empresas britânicas na chamada "economia gig" ou "economia freelance", em que as pessoas trabalham para várias empresas ao mesmo tempo sem contratos fixos, proporcionando mais flexibilidade a ambas as partes.

    Tais práticas foram criticadas por alguns sindicatos e trabalhadores como exploradoras e a gigante do Vale do Silício tentará se distanciar no seu recurso judicial de ser classificada como uma empresa de economia gig.

    O caso procurará colocar o modelo comercial da Uber dentro de definições usadas no Reino Unido para categorizar a relação entre empresas e pessoas que trabalham para elas.

    A audiência ocorre cinco dias após o regulador de transportes de Londres ter decidido não renovar a licença do aplicativo de transporte urbano, julgando a empresa imprópria para administrar um serviço de táxi devido à sua abordagem para relatar crimes graves e verificar antecedentes dos motoristas.

    NO CANADÁ

    A Uber também anunciou que deixará de operar na província canadense de Quebec, noticiou a CBC News, citando a Radio Canada.

    A empresa informou em comunicado que "as novas e desafiadoras" regulamentações da província "ameaçam significativamente" a capacidade da companhia de continuar operando.

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