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    Bolsa se recupera após duas quedas, sobe 1,55% e bate novo recorde

    DE SÃO PAULO

    10/10/2017 17h48

    A Bolsa brasileira conseguiu recuperar parte das perdas das duas sessões anteriores e fechou em alta nesta terça (10), em novo dia de recorde nominal, com impulso das ações da Petrobras e do setor bancário. O dólar terminou praticamente estável, cotado a R$ 3,18, em dia de desvalorização no exterior.

    O Ibovespa, índice que reúne as ações mais negociadas, teve alta de 1,55%, para 76.897 pontos, maior pontuação nominal registrada. O volume financeiro foi de R$ 9,9 bilhões, acima do giro médio diário de R$ 8,3 bilhões.

    O dólar comercial caiu 0,06%, para R$ 3,185. O dólar à vista se desvalorizou 0,30%, para R$ 3,177.

    Alguns fatores contribuíram para o otimismo que se refletiu no aumento do apetite por risco dos investidores nesta sessão. Um deles veio do exterior, após o FMI (Fundo Monetário Internacional) revisar as perspectivas para o crescimento global e do Brasil.

    Para o Brasil, o crescimento foi revisado de 0,3% em julho para 0,7% neste relatório. Para 2018, também houve um leve crescimento em relação aos dados divulgados em julho, de 1,3% para 1,5%.

    O Fundo também se mostra otimista com o ritmo "mais rápido" da recuperação global e prevê crescimento de 3,6% para este ano e de 3,7% para 2018 –ambos foram elevados em 0,1 ponto percentual em relação às previsões anteriores.

    Também nesta terça, a Moody's afirmou que uma equipe da agência de classificação de risco vai visitar o país no começo do próximo ano.

    "Ao jogar uma nova visita só para o primeiro trimestre de 2018, a equipe econômica ganha mais tempo neste final de ano para tocar a reforma da Previdência. A Moody's deu mais tempo para a equipe econômica trabalhar", avalia Vitor Suzaki, analista da Lerosa Investimentos.

    A Moody's indicou ainda que terá mais facilidade para decidir sobre o rating do Brasil se o país não aprovar uma reforma da Previdência até o início de 2018. O país atualmente tem nota Ba2 na Moody's, com perspectiva negativa, o que indica que pode haver rebaixamento.

    AÇÕES

    A Petrobras contribuiu para o impulso verificado na Bolsa nesta terça. Esse otimismo foi ancorado no aumento dos preços do petróleo, com a perspectiva de cortes nas exportações da Arábia Saudita em novembro e por comentários de que o mercado está se reequilibrando após anos de oferta excessiva.

    O barril do petróleo Brent, de Londres, subiu 1,38%, para US$ 56,56. O barril do WTI, dos EUA, avançou 2,72%, para US$ 50,93.

    As ações preferenciais da estatal subiram 1,89%, para R$ 16,19. Os papéis ordinários tiveram valorização de 1,46%, para R$ 16,72.

    O otimismo também contagiou o setor bancário. As ações do Itaú Unibanco avançaram 2,49%. Os papéis preferenciais do Bradesco se valorizaram 2,12%, e os ordinários ganharam 1,17%. O Banco do Brasil teve alta de 2,13%, e as units –conjunto de ações– do Santander Brasil tiveram valorização de 3,81%.

    As ações de siderúrgicas lideraram os ganhos nesta sessão. Os papéis da Metalúrgica Gerdau subiram 5,40%. As ações da Gerdau avançaram 4,21%. A Usiminas teve alta de 2,94%, e a CSN subiu 1,01%.

    Os preços do minério de ferro recuaram no exterior, e puxaram para baixo as ações da Vale. Os papéis ordinários recuaram 0,57%, para R$ 31,32. As ações preferenciais se desvalorizaram 0,52%, para R$ 28,80.

    Das 59 ações do Ibovespa, 52 subiram e sete fecharam em baixa nesta terça.

    DÓLAR

    No mercado cambial, o dólar perdeu força ante 28 das 31 principais moedas do mundo.

    Os investidores aguardam a divulgação da ata da última reunião do Fomc (comitê de política monetária do Fed, o banco central americano), nesta quarta. Eles esperam alguma sinalização de que o Fed subirá pela terceira vez os juros nos EUA neste ano.

    O CDS (credit default swap, espécie de termômetro de risco-país) subiu pelo terceiro dia. A alta foi de 0,18%, para 186,8 pontos.

    No mercado de juros futuros, os contratos mais negociados fecharam em baixa. O DI para janeiro de 2018 recuou de 7,435% para 7,418%. A taxa para janeiro de 2019 teve baixa de 7,350% para 7,310%.

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