• Mercado

    Sunday, 05-May-2024 02:55:51 -03

    Com política de reajuste, botijão acumula alta de 48% em 4 meses

    NICOLA PAMPLONA
    DO RIO

    11/10/2017 02h00

    Victor Moriyama/Folhapress
    PAULINIA, SP, BRASIL. 12/11/2012. Funcionarios do Sindicato dos Trabalhadores do Comercio de Minerio, que transportam gas de cozinha e industrial estao em greve na cidade de Paulina. A greve afeta a distribuicao de gas na cidade e muitas casas estao sem o produto. Depoistos de gas na cidade operam com quantidade reduzida de botijoes. (Fotos: Victor Moriyama/Folhapress, COTIDIANO) © Folhapress 2012 - Todos os direitos reservados.
    Gás de cozinha puxa a inflação de setembro

    A Petrobras anunciou nesta terça-feira (10) o quarto aumento consecutivo no preço do botijão de gás. Com o reajuste, de 12,9%, o produto já acumula alta de 47,6% desde que a estatal iniciou nova política de preços do combustível, no dia 7 de junho.

    O aumento vale apenas para o produto vendido em botijões de até 13 quilos, mais usado em residências. O preço do gás consumido principalmente por comércio e indústria, não foi alterado.

    Em nota, a Petrobras calcula que, se o repasse for integral, o preço para o consumidor poderá subir 5,1%, ou cerca de R$ 3,09 por botijão.

    Segundo a ANP (agência reguladora do setor), o preço de revenda do botijão de 13 quilos já subiu 9,12% desde a semana anterior à mudança na política de preços.

    Na semana encerrada no sábado (7), o botijão custava, em média no país, R$ 62,21. Quatro meses antes, em 3 de junho, era vendido a R$ 57,01.

    A Petrobras diz que o novo reajuste reflete a variação do preço do combustível no mercado internacional.

    Segundo a consultoria S&P Global Platts, a cotação europeia do propano –um dos elementos que compõem o GLP (gás liquefeito de petróleo)– atingiu no fim de setembro o maior valor em três anos e meio, impulsionada pela demanda na Ásia.

    A partir de 2005, por determinação do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética), a estatal passou a praticar preços para os dois produtos. O objetivo, na época, era segurar o preço do botijão para controlar a inflação.

    O preço do gás vendido em botijões de 13 quilos chegou a ficar congelado por 12 anos, entre 2003 e 2015.

    Desde junho, a estatal vem ajustando o preço de acordo com variação da cotação internacional e do câmbio, com uma margem de 5%. No caso dos vasilhames maiores, a Petrobras inclui também o custo de importação.

    A área energética do governo, porém, defende o fim do subsídio ao produto destinado ao mercado residencial, com o argumento de que a prática de preços diferentes afasta investidores.

    Segundo estimativa do Sindicato das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo), após o reajuste desta terça, o gás vendido em botijões menores custará 68,5% do preço destinado aos mercados comercial e residencial.

    O preço da gasolina, que também acompanha as cotações internacionais e vem tendo reajustes quase diários variou menos do que o preço do GLP. Nas bombas, segundo a ANP, o aumento é de 8,27% no período. Nas refinarias, a alta acumulada é de 5,76% desde a mudança na política de preços, no dia 4 de julho.

    Edição impressa

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024