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    Cade diz que compra da XP pelo Itaú é 'complexa' e pode estender análise

    DE BRASÍLIA

    16/10/2017 09h55

    Paulo Pinto/CBJ
    A judoca Stefannie Arissa Koyama, que disputará o Mundial de Budapeste pela seleção brasileira
    Agência do banco Itaú na região central de São Paulo

    O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) divulgou nesta segunda-feira (16) considerar "complexa" a compra, pelo Itaú, de 49,9% da XP Investimentos, a maior corretora do país, o que pode resultar na ampliação do prazo estabelecido em lei para a análise do ato de concentração econômica.

    Em despacho publicado no "Diário Oficial da União", o Cade solicita ao Itaú e à XP "a apresentação das eficiências econômicas geradas pela operação", além de informações adicionais para análise da operação.

    O Cade é vinculado ao Ministério da Justiça e é responsável por zelar pela livre concorrência.

    A Lei 12.539/2011 estabelece prazo de 240 dias para análise de atos de concentração econômica. O prazo para julgamento do processo pode ser dilatado em até 90 dias caso a operação seja declarada "complexa". No despacho dessa segunda, o Cade diz que pode prorrogar o prazo, mas considera que a medida ainda não é necessária.

    O Itaú anunciou em maio o acordo para a compra, por R$ 5,7 bilhões, de 49,9% da XP. O negócio envolve a injeção de R$ 600 milhões na corretora e prevê que a participação do Itaú na corretora cresça nos próximos anos, até chegar a 75%.

    O banco comprometeu-se a comprar uma fatia adicional de 12,5% em 2020 e outra de 12,5% em 2022.

    Os sócios da XP manterão, contudo, a maior parte das ações com direito a voto (50,1%) e terão controle sobre a gestão. O fundador e principal acionista individual, Guilherme Benchimol, seguirá à frente do negócio.

    Criada em 2001 em Porto Alegre, a XP, que em março tinha R$ 69 bilhões em ativos sob sua gestão, ganhou mercado ao se apresentar como alternativa aos bancos: uma plataforma independente que oferece todo tipo investimento -os bancos de varejo privilegiam produtos próprios.

    A XP comprou rivais e contou com a ajuda da popularização da internet e dos smartphones, que tornou transações mais fáceis e baratas.

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