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    Wesley e Joesley Batista viram réus sob acusação de manipulação de mercado

    DA REUTERS

    16/10/2017 17h48 - Atualizado às 20h56

    Os irmãos Joesley e Wesley Batista, controladores da JBS, tornaram-se réus nesta segunda-feira (16) sob acusação de uso de informação privilegiada e manipulação de mercado.

    O juiz João Batista Gonçalves, da 6ª Vara Federal de São Paulo, aceitou denúncia feita contra ambos pelo Ministério Público Federal (MPF), informou a Justiça Federal paulista.

    Joesley e Wesley são acusados pelos procuradores de terem usado a informação sobre a delação premiada que firmaram com a Procuradoria-Geral da República para obterem ganhos nos mercados financeiros. Os dois estão presos por causa deste caso.

    "Considero, assim, existirem suficientes indícios de autoria em relação a cada um dos imputados, havendo, portanto, justa causa para p prosseguimento da persecução penal", afirmou o magistrado.

    Na decisão, o juiz afirmou que Joesley era presidente da holding J&F e da FB Participações, controladora da JBS, à época dos supostos crimes e que, segundo os procuradores, determinou no exercício dessas funções a venda de parte das ações da JBS detidas pela controladora no valor de R$ 373,9 milhões.

    Wesley, por sua vez, na presidência da JBS à época dos supostos crimes, determinou a recompra de ações da empresa e operações no mercado de câmbio.

    De acordo com a denúncia, essas operações determinadas por Joesley e Wesley posicionaram ambos no mercado financeiro para a divulgação da delação firmada por ambos e por executivos da J&F. Nesses acordos, foram feitas acusações contra o presidente Michel Temer e outras autoridades e figuras políticas.

    As informações vieram à tona em meados de maio, levando a um forte recuo dos preços de ativos brasileiros.

    Segundo o MPF, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) apurou que os irmãos Batista tiveram lucro de R$ 100 milhões com a compra de dólares.

    OUTRO LADO

    "A defesa dos irmãos Batista reitera que confia na Justiça e voltará a apresentar relatórios técnicos que demonstram a normalidade de todas as operações financeiras efetuadas, que afastam por completo qualquer dúvida sobre a licitude de sua conduta."

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