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    Amazon estreia venda de eletrônicos com preço igual ao dos rivais

    FILIPE OLIVEIRA
    JOANA CUNHA
    DE SÃO PAULO

    19/10/2017 02h00

    David Ryder/AFP
    O fundador e CEO da Amazon Jeff Bezos em evento em Seattle, em 2014
    O fundador e CEO da Amazon Jeff Bezos em evento em Seattle, em 2014

    Ao contrário do que previam –e temiam– os concorrentes, a estreia da Amazon no mercado de eletrônicos nesta quarta-feira (18) no Brasil não foi marcada por preços agressivos.

    A realidade foram preços superiores aos da concorrência e alguns "bugs", problemas considerados comuns em aberturas de sites.

    Um levantamento realizado às 16h30 pelo comparador de preços Zoom a pedido da Folha verificou os valores de produtos de nove categorias ofertados pela Amazon e pelo restante do mercado.

    A pesquisa levantou os preços de itens topo de linha e dos mais simples de cada categoria de produtos no site da Amazon e os comparou com sites concorrentes que já atuam no país.

    Em apenas um produto a Amazon teve preço mais barato do que os competidores. Em outros 13 itens, o comparador encontrou valores mais baixos. Três produtos trouxeram preços idênticos na Amazon e na concorrência.

    Uma smart TV de 28 polegadas da Philco saía por R$ 955,90 na Amazon e R$ 749,99 nas Americanas e na Shoptime. A Amazon ofereceu o melhor preço no video-game Xbox One de 500GB (com acessórios). Os preços podem oscilar ao longo do dia.

    Um dos bugs na estreia foi com o preço de uma câmera instantânea Fujifilm Instax Mini 90, que aparecia no começo do dia valendo R$ 102.990 no site da Amazon –às 21h, ela estava cotada a R$ 1.029,90.

    Maurício Salvador, presidente da ABComm (associação de comércio eletrônico), diz que erros como esses são comuns nos chamados "marketplaces", em que terceiros fazem a venda de seus produtos a partir do site de uma empresa maior, como a Amazon.

    Isso porque o próprio empresário fica responsável por digitar os valores do produto e, muitas vezes, comete erros.

    Há, inclusive, ferramentas para impedir que o vendedor cadastre um preço extremamente baixo por engano e tenha prejuízos, diz Salvador.

    Marco Quintarelli, especialista em varejo da consultoria Azo, pondera que a Amazon terá tempo suficiente para fazer as correções necessárias para a Black Friday, que acontece em 24 de novembro.

    "É natural que isso ocorra em qualquer lançamento de site. Essa estreia antes de uma data tão importante é até estratégica e deve dar a eles o tempo necessário de fazer os ajustes", afirma.

    A Black Friday, segundo Quintarelli, será uma melhor referência para mostrarem preços diferenciados.

    A Amazon, via assessoria de imprensa, disse que não informa dados sobre desempenho, mas que está "muito feliz" em receber consumidores e vendedores em seu site.

    A companhia diz estar trabalhando para resolver eventuais problemas.

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