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    Em NY, ligação de telemarketing não consentida é proibida desde 2003

    SILAS MARTÍ
    DE NOVA YORK

    24/10/2017 02h00

    Damian Dovarganes - 27.fev.2016/Associated Press
    FILE - In this Feb. 27, 2013, file photo, hands type on a computer keyboard in Los Angeles. News that Facebook founder Mark Zuckerberg's rarely used Twitter, LinkedIn and Pinterest accounts were briefly compromised should serve as a reminder that we're all susceptible to hacking. Here are some tips for staying safe. (AP Photo/Damian Dovarganes, File) ORG XMIT: NYBZ114
    En Nova York, enviar e-mails de marketing sem consentimento é crime

    Numa manhã recente, o celular de Katherine Hutt tocou. Do outro lado da linha, uma voz gravada tentava vender as maravilhas do mais novo hotel de uma rede famosa.

    Em Nova York, Hutt foi mais uma vítima de uma das 3,4 bilhões de chamadas ilegais realizadas por robôs todo mês a números dos Estados Unidos, onde empresas são proibidas de contatar clientes usando discadores e mensagens pré-gravadas.

    Ela mesma explica. Hutt é porta-voz do Better Business Bureau, ONG que monitora, dentre outras coisas, as táticas ilegais das firmas para vender serviços e produtos.

    "Propaganda enganosa ou agressiva é um dos nossos maiores problemas", diz Hutt. "Empresas legítimas sabem que irritar o cliente não é uma boa estratégia de negócios, mas a tecnologia permitiu que outras empresas entrassem em ação sem medo de tirar pessoas do sério."

    Entre as estratégias mais agressivas dessas firmas estão práticas no topo da lista das coisas que mais irritam consumidores no país segundo estudos recentes –ligações e mensagens de texto indesejadas e anúncios pop-up na internet e na tela do telefone.

    Desde 2003, ligações de telemarketing sem a autorização do cliente são proibidas nos EUA. Em 2009, a proibição se estendeu para cobrir também chamadas feitas por robôs e mensagens gravadas –uma pessoa de verdade precisa estar disponível do outro lado da linha caso o cliente peça para falar com alguém.

    Um cadastro nacional de números para os quais empresas não devem ligar está disponível há 14 anos –229 milhões de números já foram registrados ali desde então, e o número de reclamações –5,4 milhões no ano passado– também só aumenta.

    Também é proibido mandar e-mails e mensagens de texto sem o consentimento do cliente, mas, segundo a FTC, a agência reguladora, é quase inviável monitorar e punir responsáveis por isso.

    Empresas, no entanto, conseguem driblar mesmo a restrição a chamadas convencionais, usando centros operacionais em offshores e países que não têm acordos de extradição com os EUA. Segundo Hutt, elas só trocam de número quando são pegas e nunca acabam punidas.

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