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    Preços da Petrobras apenas reagem ao mercado internacional, diz Parente

    NICOLA PAMPLONA
    DO RIO

    24/10/2017 14h42

    O presidente da Petrobras, Pedro Parente, afirmou nesta terça (24) que a estatal apenas reage à variação dos preços dos combustíveis no mercado internacional.

    Os preços de gasolina, diesel e gás de botijão tiveram alta expressiva no ano, devido a fatores diversos, como impactos de furacões nos Estados Unidos e alta de impostos.

    Na última semana, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), a gasolina no Brasil custava, em média R$ 3,88 por litro, R$ 0,40 acima do registrado antes de a empresa alterar sua política de preços.

    No dia 4 de julho, a empresa autorizou sua área técnica a realizar reajustes diários, para tentar competir com o crescimento das importações por terceiros.

    Já o diesel era vendido a R$ 3,22 na semana passada, um aumento de R$ 0,24 no mesmo período.

    "Dizer que a Petrobras fixa preços dos combustíveis é uma ideia que não corresponde à realidade. A Petrobras reage aos preços de mercado", disse Parente, em entrevista durante a edição brasileira da feira OTC (Offshore Technology Conference).

    Ele citou o aumento das alíquotas de PIS/Cofins promovido pelo governo no fim de julho e os impactos do furacão Harvey em refinarias americanas como fatores externos que levaram à alta de preços.

    Nos últimos meses, o gás de botijão passou a ser um dos vilões da inflação, com altas sucessivas promovidas pela empresa em resposta ao aumento das cotações internacionais.

    Questionado sobre a possibilidade de novos aumentos, Parente disse que é difícil prever o comportamento de preços, mas há hoje estabilidade nas cotações, em torno de US$ 56 ou US$ 57 por barril.

    ATIVOS

    Parente reforçou que a empresa mantém a meta de vender US$ 21 bilhões em ativos até o final de 2018 e disse que as liminares que hoje questionam operações "podem atrasar, mas não impedem" as operações.

    Atualmente, ações na Justiça e questionamentos do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) atingem negociações que equivalem a 40% do valor já arrecadado pela Petrobras em seu plano de desinvestimentos.

    O presidente da Petrobras evitou adiantar detalhes sobre a venda de ações da BR, considerada um dos principais operações do plano. Disse apenas que trabalha para realizar a oferta "o mais rápido possível".

    A estatal já deu entrada nos pedidos para lançar até 40% das ações da distribuidora no mercado.

    Parente disse ainda que a Petrobras será seletiva e que lançaram mão de parcerias nos leilões do pré-sal que o governo realiza na próxima sexta (27).

    A estatal exerceu o direito de preferência por três das oito áreas que serão oferecidas e terá direito de opera-las mesmo que outro consórcio vença as disputas.

    Parente não descartou, porem, a participação em ofertas por outros blocos.

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