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    Vale registra lucro de R$ 7,1 bilhões no terceiro trimestre

    NICOLA PAMPLONA
    DO RIO

    26/10/2017 08h31 - Atualizado às 09h17

    Pilar Olivares/Reuters
    A view shows the company logo of Brazilian mining company Vale SA at its headquarters in downtown Rio de Janeiro August 20, 2014. Brazil's Vale SA, the world's largest iron ore miner, secured a preliminary license to expand its flagship Carajas mine in the northern state of Para, which should help the company win a bigger slice of the sea-borne iron ore market. REUTERS/Pilar Olivares (REUTERS - Tags: BUSINESS COMMODITIES LOGO) ORG XMIT: PON33
    Fachada do prédio da Vale no Rio de Janeiro

    A Vale fechou o terceiro trimestre de 2017 com lucro de R$ 7,143 bilhão, alta de 287% com relação ao verificado no mesmo período do ano anterior, provocado por uma combinação de preços altos, recorde de produção e corte de custos.

    A empresa também contou com a apreciação do real frente ao dólar no trimestre, que reduziu o custo da dívida da companhia na moeda norte-americana e contribuiu com R$ 2,9 bilhões no resultado.

    Em 2017, o lucro acumulado da empresa chega a R$ 15,1 bilhões, alta de 29% com relação ao verificado nos nove primeiros meses de 2016.

    "No terceiro trimestre, a Vale bateu recordes na produção de minério de ferro, na produção de carvão e na produção de cobre na mina de Salobo", afirmou, em vídeo o diretor financeiro da companhia, Luciano Siani.

    No terceiro trimestre, a média de preços do minério com 62% de ferro foi de US$ 70,9 por tonelada, alta de 12,7% com relação ao verificado no trimestre anterior, respondendo o crescimento da produção de aço na China.

    Assim, a receita da companhia cresceu 31% no trimestre, em comparação com o mesmo período do ano anterior, para R$ 28,6 billhões. A geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) teve alta de 37,49%, para R$ 13,25 bilhões.

    A Vale tem concentrado o crescimento de sua produção de minério de ferro nas minas do Pará, com maior teor de ferro, cuja produção é mais valorizada no mercado internacional.

    No terceiro trimestre, atingiu o volume de produção de 95,1 milhões de toneladas, seu recorde trimestral, com o crescimento de 8,5%, em relação ao trimestre anterior, na produção do Sistema Norte - Carajás, Serra Leste e S11D.

    O preço de venda do produto pela companhia subiu US$ 15,9 por tonelada, para US$ 65,2 por tonelada, diante de um aumento de US$ 8 por tonelada nas cotações internacionais e de US$ 4,1 por tonelada no prêmio pago a minérios com maior qualidade.

    Por outro lado, a empresa manteve o processo de cortes nos custos de produção. No terceiro trimestre, foram menos US$ 0,7 por tonelada, para US$ 14,5 por tonelada. Segundo a companhia, o breakeven (cotação mínima para que o produto dê lucro) ficou em US$ 30 por tonelada no trimestre, US$ 4,4 a menos do que no período anterior.

    No vídeo, o diretor financeiro da companhia destacou o crescimento de 54% no fluxo de caixa livre, para US$ 1,438 bilhão. A sobra foi usada para reduzir em US$ 1,056 bilhão a dívida da companhia, que fechou o trimestre em US$ 21,066 bilhões.

    Segundo ele, a queda do endividamento deve se acelerar no quarto trimestre. "Tradicionalmente é um trimestre muito forte em termos de venda e recebimentos", comentou Siani.

    Além disso, a empresa espera receber mais de US$ 2 bilhões em novembro, com a assinatura de contrato de financiamento para o corredor logístico de Nacala, em Moçambique, que serão usados também para abatimento de dívida.

    A meta da empresa é fechar o ano com endividamento de, no máximo, US$ 17 bilhões.

    Este ano, a companhia iniciou o principal processo de reestruturação desde a privatização, há 20 anos. O processo vai pulverizar o capital da empresa, pondo fim ao bloco de controle, hoje em mãos do Bradesco e dos fundos de pensão do Banco do Brasil, Caixa, Petrobras e Cesp.

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