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    Conselho do BNDES analisará devolução de R$ 130 bilhões em 2018

    MARIANA CARNEIRO
    DE BRASÍLIA

    26/10/2017 12h27

    Nacho Doce/Reuters
    Conselho de administração do BNDES analisará devolução de R$ 130 bilhões em 2018
    Conselho de administração do BNDES analisará devolução de R$ 130 bilhões em 2018

    O conselho de administração do BNDES vai analisar a devolução dos R$ 130 bilhões que a União quer resgatar do banco no ano que vem.

    Em nota conjunta divulgada nesta quinta-feira (26), a equipe econômica confirmou o pagamento de R$ 50 bilhões neste ano.

    Mas informou que o resgate de 2018 está condicionado à avaliação do conselho do BNDES.

    "Para 2018, o conselho de administração do BNDES irá estudar a possibilidade de antecipar o pagamento de recursos adicionais à União", informa a nota.

    "A avaliação da capacidade do banco em antecipar tal montante será analisada não somente à luz da sua posição em ativos líquidos, mas também da estimativa de fluxo de desembolsos líquidos para os próximos anos, de modo a garantir que não afete a estrutura patrimonial do banco, sua missão institucional e o atendimento às regras prudenciais bancárias", acrescenta o comunicado.

    O presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, vem demonstrando preocupação sobre a capacidade do banco em devolver R$ 130 bilhões em 2018, o que poderia comprometer a concessão de empréstimos.

    O governo, no entanto, já indicou que precisa dos recursos para cumprir as regras fiscais em 2018, notadamente a "regra de ouro", que proíbe o Estado de tomar divida em volume superior ao que pretende gastar com investimentos.

    A divergência provocou um impasse entre banco e governo federal, que prevê entregar a programação orçamentária de 2018 nos próximos dias.

    Segundo apurou a Folha, o governo não está recuando do pedido de resgate e conta com os R$ 130 bilhões no ano que vem.

    Os recursos devolvidos pelo BNDES serão utilizados para abater a dívida pública, informou a nota da equipe econômica, nos mesmos moldes do que ocorreu em 2016 com os R$ 100 bilhões enviados pelo banco.

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