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    ANP dá início a leilão de áreas do pré-sal

    NICOLA PAMPLONA
    DO RIO

    27/10/2017 11h38 - Atualizado às 14h23

    Com 2h30 de atraso, a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e biocombustíveis) deu início por volta das 11h30 aos leilões de áreas do pré-sal, os primeiros realizados no país desde 2013.

    O atraso foi provocado por liminar judicial obtida por ação promovida pelo PT, CUT (Central Única dos Trabalhadores) e sindicatos.

    Ao abrir o evento, o diretor-geral da ANP, Décio Oddone, agradeceu ao esforço da procuradoria geral da agência pelo esforço para derrubar a liminar, "mostrando que não há insegurança jurídica no Brasil".

    O leilão é encarado pelo governo como um reforço à agenda positiva após a vitória na votação sobre investigação contra o presidente Temer na última quarta (25).

    "Estamos abrindo a porta, não só do ponto de vista moral, mas também do ponto de vista econômico e social, para recuperar o tempo perdido", disse em seu discurso o ministro da secretaria geral da Presidência da República, Moreira Franco.

    "Estarmos aqui é um sucesso não só para o nosso governo. É um sucesso para o Brasil", afirmou o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho.

    A primeira área ofertada, Sudoeste de Tartaruga Verde, na Bacia de Campos, não teve ofertas.

    A segunda área, Sul de Gato do Mato, foi arrematada por consórcio formado por Shell é Total, sem disputa e sem ágio em relação ao percentual mínimo de petróleo que deve ser dado à União (11,53%).

    Gato do Mato é um campo operado pela Shell, que aguardava a realização deste leilão para dar início aos investimentos.

    Na terceira oferta, para Entorno de Sapinhoá, houve a primeira disputa do leilão, entre consórcio formado por Petrobras, Repsol Sinopec e Shell e a estreante Ouro Preto.

    A quarta área, Norte de Carcará, também foi vencida pelo atual operador da descoberta, a norueguesa Statoil, em consórcio com Petrogal e Exxon.

    Eles venceram disputa com a Shell, ao oferecerem 67,12% de petróleo à União, ante o mínimo de 22,08%. Era a área com maior bônus de assinatura da primeira etapa dos leilões, de R$ 3 bilhões.

    Carcará ainda não está em atividade. A Petrobras era operadora da área, mas vendeu sua fatia para a Statoil em 2016.

    O consórcio da estatal venceu com a oferta de 80% do petróleo à União, bem acima do mínimo de 10,34%.

    A estatal é operadora do campo de Sapinhoá, o segundo maior produtor de petróleo do Brasil, e tem como sócios no projeto as mesmas empresas do consorcio vencedor.

    Trata-se de parte de uma jazida descoberta pela Petrobras, que se estende para fora da área concedida à estatal, que já tentou vender a sua parte.

    Ao final do leilão, a ANP dará uma segunda chance de oferta a áreas que não tiveram concorrentes.

    Na segunda etapa do leilão, a primeira área, Pau Brasil, não teve concorrentes.

    A segunda, Peroba, foi a mais disputada até o momento, foi vencida por consórcio formado por Petrobras, a chinesa CNPC e a britânica BP, com percentual de óleo para o governo de 76,96%, ante um mínimo de 13,89%. O ágio foi de 454,07%.

    Trata-se de uma área ainda sem descobertas, que foi disputada também por outros dois consórcios: Statoil e Exxon e CNOOC, Qatar Petroleum e Shell.

    A área de Alto de Cabo Frio Oeste foi vencida, sem disputa, pelo consórcio Shell, CNOOC e Qatar Petroleum, com a oferta de 22,87% do petróleo para a União, o mínimo estabelecido em edital. O ágio foi de 254,82%.

    Na última área, Alto de Cabo Frio Central, o consórcio formado por Petrobras e BP, com 75,86% do óleo para o governo, ante o mínimo de 21,35%.

    A área foi disputada também pelo consórcio Shell, CNOOC e Qatar Petroleum.

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