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    Lucro do Itaú sobe 12% com redução de reservas para risco de calote

    ANAÏS FERNANDES
    DE SÃO PAULO

    30/10/2017 21h32

    Nacho Doce/Reuters
    Pessoa passa diante do logo do Itaú em São Paulo5/05/2015 REUTERS/Nacho Doce/File Photo
    Pessoa passa diante do logo do Itaú em São Paulo

    O lucro líquido recorrente do banco Itaú, o maior privado do país, cresceu 11,8% no terceiro trimestre do ano, para R$ 6,254 bilhões, ante mesmo período de 2016, com aumento das receitas de tarifas e queda drástica na provisão para crédito duvidoso, de acordo com balanço divulgado nesta segunda-feira (30).

    O montante que o banco reservou no trimestre para cobrir eventuais perdas com empréstimos recuou 30%, passando de R$ 6,2 bilhões em 2016 para R$ R$ 4,3 bilhões neste ano.

    O índice de inadimplência acima de 90 dias fechou em 3,2% em setembro, praticamente estável em relação ao trimestre anterior, mas bem abaixo dos 3,9% registrados no terceiro trimestre de 2016.

    "Houve redução devido, principalmente, à menor inadimplência no Brasil", destacou o banco.

    Em relação ao segundo trimestre de 2017, o lucro do Itaú subiu 1,4%. O resultado é o recorrente –que exclui efeitos extraordinários.

    A margem financeira total, que mede o ganho do banco nas operações de empréstimos e já desconta a provisão para calote, caiu 7% no trimestre na comparação com 2016, para R$ 16,8 bilhões.

    O resultado veio aquém dos esperado pelo banco devido à queda nos juros e às novas regras do cartão de crédito –desde abril, quando o consumidor entra no rotativo, depois de 30 dias a instituição precisa oferecer ao cliente o parcelamento do saldo devedor.

    "A redução da margem financeira com clientes no trimestre foi principalmente devido ao efeito da queda do CDI, principalmente em nossa margem de passivos e capital de giro próprio, [e] ao impacto da nova regulamentação de cartões de crédito", afirmou o banco no balanço.

    Por outro lado, as receitas do Itaú com tarifas e seguros cresceram 5% na comparação com o terceiro trimestre de 2016, e 3,7% ante o segundo trimestre deste ano.

    O banco justifica a alta pelo crescimento das receitas de serviços de administração de recursos, devido, em parte, ao crescimento dos ativos e à maior quantidade de dias úteis no período, além da alta nas receitas com cartões.

    As receitas com administração de recursos subiram 14,2% na comparação com o segundo trimestre deste ano, e as com cartões de crédito, 2,8%.

    O crédito, no entanto, não reagiu, e o estoque de empréstimos, sem incluir garantias e títulos privados, fechou o terceiro trimestre em R$ 468 bilhões, queda de 2,5% em três meses e de 5,6% sobre 2016.

    As despesas gerais do banco caíram 4,5% em relação ao terceiro trimestre de 2016, para R$ 12 bilhões, devido, principalmente, à queda de 14,4% nos gastos com pessoal. Em relação ao trimestre anterior, porém, houve alta de 2,3%.

    CITI

    A partir de 1º de novembro, o Itaú vai assumir as operações de varejo do Citibank no Brasil, incluindo agências, cartões de crédito e o segmento de pessoa física da Citi Corretora.

    Nesta data, diz o banco, será iniciado o processo de transição de clientes com conta corrente e cartões de crédito.

    A transferência das operações foi aprovada pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e pelo Banco Central.

    O processo levará alguns meses para ser concluído.

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