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    Governo quer "boa vontade" da Petrobras para fornecer gás a J&F

    NICOLA PAMPLONA
    DO RIO

    31/10/2017 12h38

    Paulo Whitaker - 12.abr.2016/Reuters
    The logo of Brazil's state-run Petrobras oil company is seen on a tank in Cubatao, Brazil, April12, 2016. REUTERS/Paulo Whitaker ORG XMIT: PW05
    A estatal rompeu o contrato em junho, alegando que a J&F reconheceu pagamentos indevidos a agentes público

    O governo espera "boa vontade" da Petrobras para retomar o fornecimento de gás à Termocuiabá, da Âmbar, controlada pelo grupo J&F.

    Com capacidade de 480 megawatts (MW), a usina é considerada essencial para preservar água nos reservatórios das hidrelétricas.

    A estatal rompeu o contrato em junho, alegando que a J&F reconheceu pagamentos indevidos a agentes públicos em delação premiada dos controladores da JBS.

    "Existe um conflito localizado, mas tanto a Petrobras quanto a térmica têm a compreensão de que é importante segregar o problema e colocar a térmica para funcionar", afirmou o secretário executivo do MME (Ministério de Minas e Energia), Paulo Pedrosa, em entrevista durante evento da FGV Energia.

    Segundo ele, as negociações entre as partes estão avançando e uma solução deve sair nos próximos 15 dias. A ideia é buscar uma saída que se encaixe nas regras de governança da estatal.

    As negociações fazem parte de um esforço do governo para tentar retomar operações em térmicas que estão paradas e minimizar os efeitos da estiagem prolongada nos reservatórios das hidrelétricas.

    A usina de Uruguaiana, controlada pela AES, é outra na lista de térmicas paradas. Neste caso, o fornecimento de gás tem que vir da Argentina, já que a usina não tem conexão com a malha brasileira de dutos.

    Pedrosa disse que o governo negocia garantias com fornecedores argentinos parâmetros o gás.

    Pedrosa destacou que há outras medidas em curso, como negociações para o aumento da geração da usina de Itaipu, que dependem de aprovação do governo paraguaio.

    ELETROBRAS

    Pedrosa afirmou que a área técnica do governo finalizou o modelo de privatização da Eletrobras, que deve ser realizada até o fim de 2018. Agora, disse, a discussão passa a ser "política", para definir, por exemplo, qual a fatia máxima de acionistas minoritários na estatal.

    Segundo ele, o tamanho da fatia vai depender de que tipo de investidor o governo quer atrair. Pedrosa defende um limite de 10%, que seria adequado, segundo ele, para fundos de pensão ou de investimentos de longo prazo.

    O governo decidiu dar aos novos controladores a responsabilidade de migrar a empresa para o Novo Mercado da B3, a bolsa de valores de São Paulo, dentro de um prazo que ainda será estabelecido.

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