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    Governo tem de 6 bilhões a 15 bilhões de barris para leilão extra do pré-sal

    NICOLA PAMPLONA
    DO RIO

    03/11/2017 21h29

    Rafael Andrade - 2.set.2008/Folhapress
    VITÓRIA, ES, BRASIL, 02-09-2008: Vista da plataforma P-34 Juscelino Kubitschek, da Petrobras, no campo de Jubarte, no Espírito Santo, a 112 km da costa de Vitória, no dia da inauguração da produção do primeiro poço a extrair petróleo da camada pré-sal. (Foto: Rafael Andrade/Folhapress, 1578, DINHEIRO)
    Plataforma de petróleo da Petrobras

    O governo tem entre 6 bilhões e 15 bilhões de barris de petróleo já descobertos para realizar um leilão extraordinário de áreas do pré-sal em 2018.

    O cálculo foi feito pela consultoria Gaffney, Cline & Associates (GCA) por encomenda da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) em áreas do chamado excedente da cessão onerosa.

    São reservas descobertas em seis áreas do pré-sal entregues à Petrobras durante o processo de capitalização da estatal, em 2010. O contrato permite que a empresa produza apenas 5 bilhões de barris.

    O estudo da GCA estima que, além dos 5 bilhões de barris cedidos à Petrobras, essas áreas têm um volume de petróleo que pode variar de 6 bilhões a 15 bilhões de barris.

    A diferença leva em conta a probabilidade de reservas. Para os 6 bilhões, há 90% de probabilidade. Para os 15 bilhões, 10%. No meio-termo, com 50% de chances, são 10,8 bilhões de barris de petróleo.

    O governo Dilma chegou a tentar transferir essas reservas para a Petrobras em 2014, mediante o pagamento parcelado de R$ 15 bilhões, R$ 2 bilhões referente ao bônus de assinatura, e o restante, a antecipação do petróleo que deveria ser transferido à União ao longo da vida útil do campo.

    O contrato, porém, foi questionado pelo TCU (Tribunal de Contas da União) e nunca foi assinado.

    Agora, o governo Temer quer vender o excedente da cessão onerosa como parte do esforço para controlar o deficit fiscal em 2018.

    O petróleo está em seis áreas onde a Petrobras descobriu os campos de Búzios, Itapu, Sul de Sapinhoá, Norte e Sul de Berbigão, Norte e Sul de Sururu, Atapu, Sul de Lula e Sépia.

    O primeiro deve entrar em operação já em 2018 —o plano de negócios da Petrobras prevê a entrada de três plataformas na área no ano que vem.

    Caso o excedente seja mesmo leiloado, o vencedor do leilão terá que negociar com a Petrobras a divisão dos investimentos e dos lucros dos projetos.

    Até agora, há um leilão do pré-sal previsto para 2018, com a oferta de sete áreas.

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