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    Divididos, sindicatos marcam protesto contra reforma trabalhista nesta sexta

    CATIA SEABRA
    DE SÃO PAULO

    09/11/2017 02h00

    Marlene Bergamo/Folhapress
    CUT, CTB e Intersindical promovem atos contra reformas da Previdência, trabalhista e terceirização promovidas pelo governo Michel Temer.
    Até o percurso da manifestação em São Paulo é alvo de polêmica entre centrais

    Enfrentando divergências internas, as principais centrais sindicais se esforçarão na tentativa de levar 20 mil manifestantes à avenida Paulista, nesta sexta-feira (10), em protesto contra a entrada em vigor da reforma trabalhista e a aprovação da reforma da Previdência.

    Sindicalistas manifestaram discordância, na segunda-feira (6), durante reunião para organização de atos em todo o país, convocados para acontecer um dia antes de as novas regras trabalhistas começarem a valer.

    Dirigentes da CUT (Central Única de Trabalhadores) e da Força Sindical divergiram até sobre o percurso da manifestação na cidade de São Paulo.

    Com apoio da Conlutas e Intersindical, o presidente estadual da CUT, Douglas Rizzo, insistiu para que a agenda incluísse uma caminhada até o Palácio dos Bandeirantes, para realização de protesto diante da sede do governo do Estado.

    O secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves, o Juruna, rechaçou a proposta, repetindo que o governo federal deve ser o alvo dos protestos. "Não devemos perder o foco", afirmou, ressaltando que os servidores do Estado não são filiados à central.

    Lembrando que a convocação é para "um dia de mobilização e luta", Rizzo garante que as demais centrais foram convencidas a aderir ao ato dos servidores. "A menos que a Força tenha um compromisso com o governo [Geraldo] Alckmin."

    A pedido da CUT, todas as centrais assinam o panfleto de convocação do protesto contra Alckmin.

    O secretário-geral da CTB, Wagner Gomes, explica, porém, que apenas os professores deverão participar do ato.

    O horário dos protestos também foi objeto de debate.

    Enquanto algumas categorias, como os metalúrgicos, defendiam que ocorressem de manhã, servidores públicos preferiam que acontecessem à tarde para garantir a presença dos trabalhadores saídos do interior do Estado.

    Após as discussões, ficou programada uma concentração na praça da Sé (centro de São Paulo) a partir das 9h30 com provável caminhada até a avenida Paulista.

    DIVISÕES

    As centrais também sofrem crises internas. O presidente da UGT, Ricardo Patah, tem se queixado da necessidade de cortes na estrutura de seus sindicatos, enquanto o comando da Força Sindical passa por abalos.

    O presidente da Força, deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, tem sido questionado por seus filiados sobre o impasse na negociação com o presidente Michel Temer para aprovação da contribuição assistencial.

    Paulinho é apontado como avalista de um acordo para amenizar o impacto no caixa sindical com a entrada em vigor da reforma trabalhista. Mas o governo Temer não incluirá a proposta na medida provisória que será apresentada na sexta ao Congresso.

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