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    Indicado por Abilio será novo comandante da BRF

    RAQUEL LANDIM
    DE SÃO PAULO

    22/11/2017 21h20 - Atualizado às 22h47

    Divulgação
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    Unidade da BRF, empresa que terá novo presidente escolhido até o fim deste ano

    O empresário Abilio Diniz venceu a queda de braço com os fundos de pensão e conseguiu nomear José Aurélio Drummond Junior como o novo presidente-executivo da BRF, gigante de alimentos formada pela fusão de Sadia e Perdigão.

    Drummond Junior —que já ocupou as presidências de Whirpool, Eneva e Alcoa— assume o cargo no dia 21 de dezembro no lugar de Pedro Faria, executivo egresso do fundo Tarpon, que também chegou ao cargo com apoio de Abilio.

    O nome de Drummond Junior foi aprovado pelo conselho de administração da BRF em reunião nesta quinta-feira (22). Segundo pessoas envolvidas no processo, a decisão não foi unânime.

    Os fundos de pensão Petros (Petrobras) e Previ (Banco do Brasil) resistiam à escolha de Drummond por sua proximidade com Abilio e com a Tarpon.

    A avaliação dos fundos é que a BRF precisava de uma mudança significativa de gestão após registrar sucessivos prejuízos.

    Petros e Previ, no entanto, não tiveram força para resistir à nova investida de Abilio. Apesar de serem os maiores acionistas da BRF, com 11,4% e 10,7% de participação, só contam com dois representantes no conselho de administração: o advogado Francisco Petros e o executivo Walter Malieni Junior.

    Já a influência de Abilio, que é presidente do colegiado e detém 4% das ações, é muito maior.

    Além do seu voto e o de Drummond, ele conta com os apoios de Flávia Buarque de Almeida, executiva da Península (veículo de investimento da família Diniz), e de José Carlos Reis de Magalhães Neto, sócio da Tarpon.

    Na última divulgação de resultado, Abilio mandou um recado para Petros e Previ ao afirmar "que nenhum acionista, independentemente de sua posição, vai dar ordens aqui".

    Segundo pessoas próximas ao empresário, ele ficou incomodado com reportagem da Folha que trouxe a público a divergência com os fundos.

    Na visão de pessoas ligadas à empresa, o principal desafio de Drummond agora será apaziguar os ânimos dos diferentes acionistas, já que a empresa começou a reverter os resultados negativos no terceiro trimestre, quando registrou um lucro líquido de R$ 138 milhões.

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