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    black friday

    Fralda e panela de pressão geram fila de duas horas na Black Friday

    NATÁLIA PORTINARI
    DE SÃO PAULO

    24/11/2017 14h22

    Nada de televisão de 40 polegadas ou videogame —no centro de São Paulo, a Black Friday faz sucesso com a queima de estoque em itens baratos.

    No horário do almoço, dezenas de pessoas faziam fila para comprar produtos de beleza, pacotes de fralda (24 por R$10) e panela de pressão (R$ 19,99 para 4,5 litros) nas Lojas Americanas.

    A espera durava até duas horas. As colegas Tais Duarte, 38, e Silvana da Silva, 29, aproveitaram o intervalo de almoço para comprar por lá, e levaram fralda, xampu, panela e outros cosméticos.

    "Estou sempre olhando os preços. Não vou comprar nada no Natal, então é melhor já aproveitar. A virada do ano sempre é cheia de impostos, como IPVA, IPTU", diz Tais.

    Poucos na fila compravam itens diferentes. Um deles era Nelson Fernandes Pereira, 63, que queria arrematar o DVD de "Paraísos Artificiais", filme de José Padilha de 2012.

    "Não faço muitas compras, mas esse DVD está pela metade do preço. Comprei joguinhos para o meu filho também. Como sou aposentado, tenho tempo para esperar", diz à Folha.

    Segundo Altamiro Carvalho, assessor econômico da Fecomercio-SP, há dois tipos de consumidores na Black Friday —o que planeja as compras com antecedência, e prefere comprar na internet, e o consumidor espontâneo, que aproveita desconto em itens mais baratos.

    "Não há nenhuma estatística precisa, mas vemos que o dia começou no e-commerce e o varejo físico deslumbrou, nas últimas edições, uma oportunidade de captar esse público ansioso por descontos", diz Carvalho.

    "O consumidor que planeja suas compras de fim de ano acaba postergando a compra de um item mais caro, como um eletrodoméstico, até entrar em promoção."

    Nas lojas do centro, móveis, eletrodomésticos e roupas vendiam menos, mas o movimento nas Casas Bahia estavam acima do normal, com busca por eletrônicos e outros itens.

    Vitoria Souza, 16, atendente de telemarketing e estudante, economizou e esperou a Black Friday para comprar um celular novo da Samsung. "O desconto foi de R$ 300, então acho que valeu a pena."

    Um levantamento da BlackFriday.com.br estima que apenas 10,7% dos consumidores planejava comprar em lojas físicas —mas a pesquisa foi feita através de um questionário digital.

    Segundo uma pesquisa da Reclame Aqui, a maioria dos consumidores planeja comprar depois das 18h na sexta-feira, e a maior parte quer gastar mais de R$ 800. Confira aqui dicas para não cair em falsos descontos nem em fraudes.

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