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    Dólar fecha a R$ 3,23 e Bolsa cai em dia de ressaca pós-feriado nos EUA

    DE SÃO PAULO

    24/11/2017 19h39

    A Bolsa teve leve queda, e o dólar fechou em ligeira alta em relação ao real nesta sexta-feira (24), em meio ao fraco volume de negócios após feriado nos Estados Unidos e com os investidores atentos aos esforços do governo para aprovar a reforma da Previdência.

    O dólar comercial subiu 0,34%, para R$ 3,233. O dólar à vista teve pequena alta de 0,04%, a R$ 3,223.

    O Ibovespa, índice que reúne as ações mais negociadas da Bolsa brasileira, recuou 0,52%, para 74.099,38 pontos. O giro financeiro somou R$ 6,95 bilhões.

    O feriado norte-americano de Ação de Graças na quinta-feira (23) e o pregão reduzido por lá nesta sexta "deixaram a liquidez bastante reduzida" nos dois últimos dias, aponta Cleber Alessie, da corretora HCommcor.

    Para Alexandre Wolwacz, sócio-fundador do Grupo L&S, o viés para a próxima semana é de queda da moeda norte-americana ante o real, com um dólar na casa de R$ 3,11.

    "O mercado está um pouco mais otimista em relação à reforma da Previdência e começando a perceber que se ela for pautada rápido, pode ser votada nesse ano", diz Wolwacz.

    O Planalto vem trabalhando intensamente para tentar colocar a reforma em votação na primeira semana de dezembro na Câmara dos Deputados. Esses esforços têm agradado ao mercado, já que a matéria é tida como essencial para colocar as contas públicas do país em ordem.

    Entre as articulações para conseguir o apoio, Temer decidiu ceder espaço no governo para aliados do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em troca de que ele lidere o "centrão" —grupo formado por partidos como PP, PR, PSD e PTB— na aprovação do texto.

    "A reforma ministerial ainda não teve grandes avanços, mas nos bastidores ela anda aquecida, e o mercado indica estar confiante de que o governo está fazendo sua parte para, consequentemente, aprovar a reforma da Previdência", diz Alessie.

    O CDS (credit default swap, espécie de seguro contra calote) recuou 0,70%, para 170,9 pontos.

    No mercado de juros futuros, os contratos mais negociados tiveram dia de queda. O DI para janeiro de 2018 caiu de 7,084% para 7,07%. A taxa para janeiro de 2019 recuou de 7,210% para 7,110%.

    BOLSA

    Das 59 ações do Ibovespa, 42 caíram, 16 subiram e uma ficou estável.

    A maior queda foi da Cemig, cujos papéis recuaram 2,82%. A elétrica mineira vendeu nesta sexta parte de sua fatia na transmissora de energia Taesa, que controla junto com a colombiana Isa.

    As ações preferenciais da Petrobras caíram 0,56%, e as ordinárias, 0,54%, apesar da alta do petróleo no mercado internacional —o bruto subiu 1,6%, a US$ 58,95, e o brent avançou 0,49%, cotado a US$ 63,86.

    A principal alta foi da Cyrela, com as ações subindo 2,46%.

    Os papéis ordinários da Vale avançaram 1,68%, em linha com os contratos futuros do minério de ferro na China, que fecharam em alta de 1,5%.

    No setor financeiro, as ações do Itaú Unibanco caíram 0,93%. As ações preferenciais do Bradesco tiveram baixa de 0,88%, e as ordinárias se desvalorizaram 01,21%. O Banco do Brasil recuou 0,54%, e as units -conjunto de ações- do Santander Brasil subiram 0,82%.

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