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    Dólar cai para R$ 3,22 e Bolsa recua pelo 4º dia com Petrobras e Vale

    DE SÃO PAULO

    27/11/2017 19h22

    O dia negativo nos mercados de petróleo e minério de ferro arrastaram as ações da Petrobras e da Vale nesta segunda (27) e pressionaram em baixa a Bolsa brasileira, enquanto o dólar perdeu força em meio às incertezas envolvendo a reforma tributária nos Estados Unidos.

    O Ibovespa, índice das ações mais negociadas, teve queda de 0,13%, para 74.058 pontos, na quarta sessão de desvalorização. O volume financeiro negociado no dia foi de R$ 7,37 bilhões –a média diária de novembro está em R$ 9,6 bilhões.

    O dólar comercial fechou em baixa de 0,40%, para R$ 3,220. O dólar à vista se desvalorizou 0,07%, para R$ 3,221.

    A Bolsa brasileira fechou em leve baixa pelo quarto pregão seguido, sob o peso de Petrobras e Vale.

    As ações da Petrobras fecharam em baixa superior a 1%, acompanhando a queda do petróleo por causa das perspectivas de aumento da produção da commodity.

    A produção de petróleo dos EUA, o WTI, cresceu 15% desde 2016, para 9,66 milhões de barris por dia, perto da produção da Rússia e da Arábia Saudita. O aumento da atividade de perfuração significa que a produção deve crescer ainda mais.

    Os papéis mais negociados da Petrobras recuaram 1,43%, para R$ 15,87. As ações que dão direito a voto tiveram baixa de 1,39%, para R$ 16,32.

    Já a Vale repercutiu a desvalorização de quase 1% do minério de ferro. Os papéis ordinários da mineradora recuaram 1,06%, para R$ 35,41. A última sexta (24) marcou o último dia de negociação na Bolsa das ações preferenciais da Vale.

    O Ibovespa chegou a cair 1,35%, mas reduziu a queda após a notícia de que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, deve assumir o comando do PSDB, após o governador de Goiás, Marconi Perillo, abrir mão de sua candidatura em nome da unidade do partido.

    "O PSDB está construindo consenso, diminuindo a ideia de pulverização que havia antes em torno de vários nomes de centro-direita. O risco de ruptura do partido em 2018 diminuiu, principalmente depois que o [prefeito de São Paulo, João] Doria indicou que deve concorrer a governador, e não a presidente", diz Vitor Suzaki, analista da Lerosa Investimentos.

    Nesta segunda, o apresentador Luciano Huck anunciou, em artigo na Folha, que não será candidato a presidente em 2018. "O mercado estava órfão de um candidato centrista. Agora vai ter união em torno do Alckmin e menos chance de um cenário polarizado entre o ex-presidente Lula e o deputado Jair Bolsonaro", complementa Suzaki.

    AÇÕES

    Das 59 ações do índice, 26 fecharam em alta, 32 caíram e uma encerrou o dia estável.

    A maior queda foi registrada pelas ações da Copel, que recuaram 3,95%. A Braskem se desvalorizou 3,53%, e a Marfrig teve baixa de 2,27%.

    Na outra ponta, as ações da Ecorodovias subiram 3,52%; a Metalúrgica Gerdau fechou em alta de 3,02%, e a Gerdau subiu 2,69%.

    No setor financeiro, o Itaú Unibanco subiu 0,61%. As ações preferenciais do Bradesco caíram 0,15%, e as ordinárias avançaram 0,65%. O Banco do Brasil teve baixa de 1,35%, e as units –conjunto de ações– do Santander Brasil perderam 0,52%.

    DÓLAR

    Dentre as 31 principais moedas do mundo, 15 ganharam força ante o dólar nesta segunda.

    A preocupação com a reforma tributária americana pesou novamente sobre o dólar nesta sessão, assim como a sabatina pela qual Jerome Powell, diretor do banco central americano, vai passar nesta terça. Ele foi indicado pelo americano Donald Trump para substituir a atual presidente do Fed, Janet Yellen, cujo mandato termina em fevereiro.

    A preocupação com possíveis atrasos na implementação dos cortes de impostos e a possibilidade de enfraquecimento de alguns itens têm pesado sobre o dólar nas últimas semanas.

    O CDS (credit default swap, espécie de seguro contra calote) teve queda de 2,09%, para 167,3 pontos, menor nível desde 5 de dezembro de 2014.

    No mercado de juros futuros, os contratos mais negociados tiveram dia de queda. O DI para janeiro de 2018 caiu de 7,073% para 7,064%. A taxa para janeiro de 2019 recuou de 7,120% para 7,070%.

    Folhainvest

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