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    Novo presidente da Oi quer negociar proposta definitiva

    JOANA CUNHA
    ENVIADA AO RIO
    TATIANA VAZ
    DE SÃO PAULO

    01/12/2017 02h00

    Silvia Zamboni/Folhapress
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    Loja da Oi

    Depois de ser nomeado para conduzir as negociações com credores e levar à Justiça um novo plano de recuperação da Oi, o novo presidente da operadora, Eurico Teles, disse nesta quinta (30) que a sua escolha para a função mira a costura definitiva de um plano de recuperação para a empresa, um plano que "desagrade pouco", na sua definição.

    Na quarta-feira (29), Teles recebeu do juiz Fernando Viana, da 7ª Vara Empresarial do Rio, plenos poderes para negociar o plano de recuperação judicial da companhia, com o aval dos credores, independentemente da aprovação do conselho de administração. O executivo está há 37 anos na operadora, onde começou como estagiário.

    "Se a gente não conseguir fazer um plano sustentável, ninguém vai colocar dinheiro nela. Temos recebido muito recado, até pela imprensa, até apareceram algumas pessoas para conversar, mas ninguém trouxe ainda um plano efetivo."

    Além de nomear Teles como "responsável pessoal por conduzir e concluir as negociações", a Justiça do Rio manteve decisão de impedir indiretamente que o empresário Nelson Tanure interfira no processo.

    As negociações em torno do plano de recuperação da Oi têm sido marcadas pelo constante desacordo entre as partes, atribuído ao tamanho do processo que envolve a operadora e aos reflexos negativos que pode causar.

    A companhia entrou com pedido de recuperação judicial, em junho de 2016, com dívidas de mais de R$ 65 bilhões e cerca de 55 mil credores. O valor é o maior pedido já protocolado no país –o recorde, até então, era da Sete Brasil, de R$ 19,3 bilhões, protocolado em abril do ano passado.

    Por decisão do juiz, a data da assembleia de credores foi postergada para o dia 19. Segundo Teles, a decisão levou em consideração que seria inviável modificar o plano até o prazo estabelecido anteriormente, o dia 7.

    Com a decisão judicial, os diretores Hélio Costa e João Ribeiro, membros do conselho apoiados pelo grupo Société Mondiale, de Tanure, e pelo português Pharol, ficam impedidos de interferir.

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