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    Previdência

    Temer diz que Previdência só será votada quando vitória for garantida

    LEANDRO COLON
    DIRETOR DA SUCURSAL BRASÍLIA
    GUSTAVO URIBE
    DE BRASÍLIA

    05/12/2017 14h53

    O presidente Michel Temer afirmou nesta terça-feira (5) que só pedirá para a reforma previdenciária ser votada quando houver garantia de votos suficientes para aprová-la.

    Ele disse acreditar que o clima pessimista sobre a aprovação da proposta neste ano mudou e que é possível conseguir apoio para votá-la neste mês na Câmara.

    O último cálculo feito pelo Palácio do Planalto, no entanto, aponta um placar de 280 votos, número inferior aos 308 necessários para aprovar a iniciativa.

    "Nós estamos conversando muito. Eu falei há pouco com o presidente Eunício Oliveira [Senado] e ele está entusiasmado em votar em fevereiro se aprovar agora [na Câmara]. Evidentemente, temos de ver se tem votos. Se não tem votos, não faz sentido [votar]", disse.

    O presidente falou com jornalistas durante almoço em homenagem ao presidente da Bolívia, Evo Morales, promovido no Palácio do Itamaraty.

    O peemedebista disse que houve uma mudança no cenário porque a população percebeu a necessidade de realizar mudanças nas regras das aposentadorias.

    "Houve um bom esclarecimento, porque, em um primeiro momento, ocorreu uma campanha equivocada, mas hoje conseguimos transmitir o que vai acontecer. Eu sinto que o povo já está compreendendo a indispensabilidade da Previdência", afirmou.

    Em discurso, durante o brinde ao boliviano, o presidente também aproveitou para defender a proposta. Segundo ele, "às vezes se faz um terrorismo inadequado" em relação à iniciativa.

    Em reunião na manhã desta terça-feira (5), o presidente pediu empenho da equipe de governo para que os partidos da base aliada fechem questão sobre a reforma até a semana que vem.

    No encontro, concluiu-se que o tema está mais adiantado no PMDB e no PTB, mas que há ainda dificuldades e resistências por parte de líderes e dirigentes dos demais partidos governistas, como PP e PR.

    No Palácio do Planalto, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse que cresceu a probabilidade de aprovar a reforma previdenciária, mas reconheceu que "não se tem facilidade."

    "Na medida em que os sete partidos conseguirem fechar questão, seguramente teremos do PSDB uma posição também favorável", disse.

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