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    Previdência

    Prefeitos e empresários cobram de deputados votos para Previdência

    DE BRASÍLIA
    DE SÃO PAULO

    06/12/2017 02h00

    O governo aposta na pressão externa para convencer deputados que hoje são contra a reforma da Previdência a mudar de posição até a semana que vem, quando espera votar a proposta em primeiro turno na Câmara.

    Aliados do presidente Michel Temer têm a avaliação de que já surte efeito a estratégia de prometer R$ 3 bilhões a municípios, caso a reforma seja aprovada. Deputados começaram a receber pressão de seus prefeitos.

    "Só hoje, recebi ligação de três prefeitos pendido para votar favoravelmente à reforma", afirmou o deputado Mauro Pereira (PMDB-RS).

    Um desses prefeitos foi Adelar Loch (PMDB), de Coronel Pilar (RS).

    "Alguém tem que assumir a bronca, tomar a responsabilidade. Vou ligar para nossos deputados. Os municípios estão numa situação complicada. Essa liberação [dos R$ 3 bilhões] ajuda bastante", disse o prefeito.

    Apoiadores da reforma no Congresso também acreditam que a posição favorável ao texto de entidades patronais, como a CNI (Confederação Nacional da Indústria), pode ajudar a virar votos.

    Mas até mesmo os governistas ainda admitem que não dá para cantar vitó- ria. Contabilizam 266 votos, 42 a menos do que os 308 necessários para aprovar uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição).

    Há quem desconfie até de que o apelo dos prefeitos pode não surtir efeito sobre os deputados que hoje são contra a reforma.

    "Prefeito oferece apoio para todo o mundo e não trabalha para ninguém, com poucas exceções", disse o presidente do Solidariedade, deputado Paulinho da Força (SP).

    MERCADO

    As preocupações com a reforma da Previdência voltaram a dominar o humor dos investidores, conforme se aproxima o prazo para o recesso parlamentar, marcado para o dia 23.

    A avaliação dos investidores de que o governo não conseguirá apoio para aprovar a as mudanças nas regras previdenciárias voltou a pressionar o mercado acionário nesta terça (5), fazendo a Bolsa paulista recuar.

    No mercado cambial, o dólar fechou em baixa, mas ajudado pela volta das atuações do Banco Central.

    O Ibovespa, que reúne as ações mais negociadas, recuou 0,74%, para 72.546 pontos. Das 59 ações do Ibovespa, 42 fecharam em queda. O giro financeiro negociado foi de R$ 8 bilhões –a média de dezembro está em R$ 7,9 bilhões.

    No mercado cambial, o dólar perdeu força diante 17 das 31 principais moedas no mundo. A queda, no entanto, foi resultado de intervenção do Banco Central.

    A instituição rolou 14 mil contratos de swaps cambiais tradicionais (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro), para rolagem do vencimento de janeiro

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