O grupo de ensino superior Estácio conseguiu nesta segunda-feira (11) derrubar uma liminar que suspendia parte das 1.200 demissões de professores que a empresa anunciou na semana passada.

Na quinta-feira (7) um tribunal do Rio de Janeiro havia suspendido em caráter liminar uma parte da demissão de professores feita pelo grupo dois dias antes.

Os efeitos da decisão valiam para os municípios do Rio de Janeiro, Itaguaí, Paracambi e Seropédica. A liminar havia sido concedida a pedido do Sindicato dos Professores do Município do Rio de Janeiro e Região, que entrou com uma Ação Civil Pública contra a demissão coletiva.

A decisão, proferida pela juíza Ana Larissa Lopes Caraciki, da 68ª Vara do Tribunal Regional do Trabalho do Rio, exigia que a Estácio fornecesse a lista dos profissionais dispensados.

A Folha pediu a lista dos nomes demitidos, mas a empresa não divulgou.

O corte em massa aconteceu quase um mês após a entrada em vigor da nova legislação trabalhista e provocou protestos de alunos e professores nas redes sociais nos últimos dias. Em nota, a empresa afirmava que recontrataria outros profissionais nos moldes da lei trabalhista.

A instituição possui cerca de 10.000 docentes. Questionada pela reportagem, a empresa não informou que critérios usará para selecionar o novos professores que cobrirão o rombo. A nova CLT determina um intervalo de 18 meses para que os mesmos profissionais sejam recontratados pelo regime intermitente.