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    Disney compra Fox por US$ 66 bilhões e mira Vale do Silício

    DO "NEW YORK TIMES"

    15/12/2017 02h00

    Lucasfilm/Associated Press
    ORG XMIT: 491101_1.tif O personagem Darth Vader em cena do filme "Star Wars - Episódio 2: O Império Contra-ataca" do diretor George Lucas. *** Darth Vader is shown in a scene from Lucasfilm's "Star Wars: Episode V, The Empire Strikes Back," in this undated promotional photo. Lucasfilm Ltd. and 20th Century Fox announced Tuesday, Feb. 10, 2004, that the original three "Star Wars" films will be released on DVD Sept. 21, 2004 in North America. (AP Photo/Lucasfilm, Ltd. & TM)
    Cena do filme 'O Império Contra-Ataca', da saga Star Wars

    A aquisição pela Disney do conglomerado 21st Century Fox, controlado por Rupert Murdoch, um negócio avaliado em US$ 66,1 bilhões, representa o maior contra-ataque por uma empresa de mídia tradicional aos gigantes da tecnologia.

    A aquisição, que seria considerada impensável alguns anos atrás, vai mudar o panorama de Hollywood e do Vale do Silício, caso seja autorizada pelas autoridades regulatórias americanas.

    A Disney agora tem poderio suficiente para se tornar competidora real da Netflix, da Apple, da Amazon, do Google e do Facebook no reino do vídeo on-line, que vem crescendo aceleradamente.

    Ao mesmo tempo, o acordo significa que um dos estúdios mais célebres, o 20th Century Fox, passará por um "downsizing", com algumas operações combinadas às dos estúdios Disney e outras redirecionadas à produção de filmes para distribuição on-line.

    Fundado em 1935, o estúdio Fox transformou Marilyn Monroe em estrela, produziu clássicos como "A Noviça Rebelde", lançou o primeiro dos filmes da saga Star Wars e transformou "Avatar" no filme de maior sucesso de bilheteria de todos os tempos.

    Mas recentemente, como a maior parte de de Hollywood, ele vinha encontrando dificuldades para acompanhar as mudanças na forma pela qual as audiências mais jovens consomem conteúdo – ou seja, por meio de dispositivos conectados à internet.

    A Disney, que controla a rede de TV aberta norte-americana ABC e a rede de esportes ESPN, espera que a aquisição da 21st Century Fox acelere seus planos de introduzir dois serviços de streaming semelhantes à Netflix.

    O primeiro dos grandes projetos de streaming da companhia, o ESPN Plus, entrará em operação no segundo trimestre de 2018.

    Um segundo projeto, cujo nome ainda não foi decidido, chegará ao mercado no final do ano que vem.

    O terceiro componente da carteira de streaming da empresa será o Hulu, um serviço já estabelecido que tem por foco telespectadores mais velhos, com uma programação que inclui séries da ABC.

    A empresa está adquirindo a participação minoritária da 21st Century Fox no Hulu, o que dará controle majoritário do serviço de streaming à Disney, que antes detinha 30% de participação. Comcast e Time Warner também têm participações no Hulu.

    A Disney está adquirindo o estúdio de televisão da Fox, que tem 36 séries em produção, entre elas "Os Simpson", "Homeland", "This is Us" e "Modern Family".

    O ABC Studios, da Disney, é um produtor de TV muito menor e vem produzindo séries de qualidade irregular. Em agosto, a companhia perdeu a criadora de seus maiores sucessos, quando Shonda Rhimes, produtora da série "Grey's Anatomy", se transferiu para a Netflix.

    Para reforçar a ESPN Plus, a Disney vai adicionar 22 redes regionais de TV a cabo dedicadas a esportes controladas pela 21st Century Fox, entre as quais a YES Network, que transmite os jogos do New York Yankees, popular time de beisebol dos EUA.

    A maior parte do lucro da Disney ainda vem dos EUA, onde os canais de esporte ESPN dominam e os parques de diversões receberam 162 milhões de pessoas ao ano.

    O canal de notícias Fox News, a rede Fox de TV aberta e o canal de esportes FS1 não foram incluídos na transação, e Murdoch disse que criaria uma nova empresa de capital aberto para controlar essas operações e algumas outras redes de TV a cabo.

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