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    Guia da Micro, Pequena e Média Empresas (MPME)

    Aplicativos de corrida nacionais apostam em diferenciais para crescer

    MICHELE LOUREIRO
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    17/12/2017 02h00

    Alberto Rocha/Folhapress
    Mario Sergio Andrade e Silva, da Run&Fun, na pista do clube Pinheiros
    Mario Sergio Andrade e Silva, da Run&Fun, na pista do clube Pinheiros

    Aplicativos para celular são aliados de quem corre nas ruas. E empresas brasileiras têm se esforçado para oferecer aos atletas opções que vão além dos conhecidos Nike+ Run Club e Adidas Runtastic.

    O soürun, por exemplo, de 2015, foca na assessoria on-line, com treinador real.

    "Os treinos são enviados e acompanhados por profissionais com vasta experiência na educação esportiva", afirma Mario Sergio Andrade e Silva, diretor-geral da assessoria Run&Fun e criador do aplicativo. O projeto foi viabilizado com a empresa de tecnologia Jurema. "O aplicativo demandou R$ 1 milhão", diz o empresário.

    Já foram feitos 40 mil downloads, e cerca de mil clientes estão ativos. Quatro treinadores cuidam dos atletas pessoalmente, e a mensalidade é de R$ 29,90.

    APAREÇA E CRESÇA

    Mais do que se diferenciar dos aplicativos de grande porte, os desenvolvedores brasileiros têm o desafio de levar suas plataformas ao conhecimento do público.

    Para isso, o aporte inicial deve ser de ao menos R$ 120 mil, segundo Rafael Prada, fundador da Dois Dois Sete.

    A companhia lançou cem plataformas em várias áreas nos últimos quatro anos. "Apesar do número crescente de corredores, os canais de divulgação são os mesmos, e a competição com grandes aplicativos é feroz", diz.

    Prada é um dos desenvolvedores do Moovup, que surgiu em 2013 com o intuito de organizar informações como agenda de exercícios e metas e oferecer um espaço para o atleta tirar dúvidas com profissionais da área de saúde e esporte. "Investimos cerca de R$ 250 mil, mas não tivemos o retorno esperado", afirma.

    Segundo o executivo, na lista de dificuldades está a captação de aportes. "Os investidores buscam projetos que já tenham margem e previsões. Dificilmente alguém investe para tirar o projeto do papel, que é justamente quando mais se precisa de verba", explica Prada.

    SEDENTARISMO

    Um nome de peso, porém, pode ajudar a executar projetos. É o caso do aplicativo gratuito Move.me, que é parte de uma campanha encabeçada pelo Sesc-SP para aumentar o número de brasileiros praticantes de atividades física.

    Além das funcionalidades tradicionais, como tempo e distância percorridas, os usuários recebem orientações em áudio. "A ideia é incentivar que pessoas saiam do sedentarismo e corram 5 quilômetros em meia hora em apenas nove semanas", diz Eduardo Uhle, coordenador de desenvolvimento do Move.Me.

    Até mesmo aplicativos maiores se esforçam para garantir espaço no Brasil.

    O alemão Freeletics Running se tropicalizou para atender clientes aqui. Dados climáticos, como temperatura e umidade do ar, e de terrenos (como os muito acidentados) foram analisados na preparação do treino para os 2 milhões de brasileiros que já baixaram a plataforma.

    O diferencial fica por conta da integração com o app de nutrição, o que ajuda a balancear as refeições (se você comeu aquela feijoada, ela será contabilizada na hora da corrida).

    Os valores para acompanhamento físico variam de R$ 30 a R$ 240, dependendo dos serviços selecionados e da duração dos pacotes.

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