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    Empresário deixa floricultura para fazer psicanálise de empresa

    JOANA CUNHA
    DE SÃO PAULO

    17/12/2017 05h53

    Adriano Vizoni/Folhapress
    Carlos Miranda, sócio-fundador da BR Opportunities, e Luiz Torres, fundador da Isabela Flores
    Carlos Miranda, sócio-fundador da BR Opportunities, e Luiz Torres, fundador da Isabela Flores

    Precursora do e-commerce de floriculturas no Brasil, a família Casarini, que criou o site Flores Online, acaba de deixar o negócio.

    Os sócios que fundaram a marca nos anos 1990 e inspiraram concorrentes como a Giuliana Flores venderam a fatia em torno de 30% que lhes restava no negócio para um competidor de menor porte, a Isabela Flores.

    Em 2012, a família já havia vendido o controle da empresa para a americana 1-800-flowers.com e o fundo BR Opportunities, mas permaneceu à frente da empresa.

    Os investidores continuam no negócio injetando mais capital para também adquirir uma participação da Isabela, que tem outra marca, Uniflores, concorrente no mercado de entrega de flores em até três horas.

    "A Isabela é uma empresa muito nova, que em cinco anos passou a preocupar os líderes desse segmento", diz Carlos Miranda, sócio da BR Opportunities.

    Somadas, as receitas dos negócios devem alcançar R$ 70 milhões neste ano, calcula Miranda. "O plano agora é seguir o 1-800-flowers e expandir para a América do Sul e países de língua portuguesa", afirma Miranda.

    A experiência adquirida nos anos em que geriu a Flores Online servirá de insumo para o fundador Eduardo Casarini em seu novo negócio.

    Depois de uma temporada de estudos no MIT e em Harvard, Casarini montou a Peak29, empresa que oferece uma espécie de terapia focada em estratégia para empreendedores.

    Com um sócio psicanalista, a Peak29 já tem 30 clientes, e o principal produto é um atendimento para tratar dos dilemas de empreender.

    "No meu processo na Flores Online, vi na psicanálise uma forma de sair do caos do dia a dia para refletir. Me ajudou muito para discutir questões com sócios, longo prazo, sentido de ter a empresa. Se o empreendedor está bem, a empresa vai bem, porque a empresa pequena depende muito dele", afirma Casarini.

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