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    Veja o que ainda pode ser feito para abater o Imposto de Renda

    ANAÏS FERNANDES
    DE SÃO PAULO

    18/12/2017 02h00

    Editoria de Arte/Folhapress
    Receita libera consulta ao primeiro lote de restituição do Imposto de Renda

    O contribuinte que pretende usar aplicações em previdência complementar ou doações para obter benefícios tributários na declaração do IR (Imposto de Renda) de 2018 -referente a 2017- deve ficar atento ao calendário.

    Para aproveitar ao máximo o benefício, é preciso contratar o plano ou doar recursos neste ano, mesmo que o prazo para entregar a declaração vá de março a abril de 2018.

    Com uma previdência PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) é possível abater até 12% da renda tributável, desde que a pessoa contribua também ao INSS. O PGBL é indicado para quem faz a declaração completa do IR, que permite deduzir mais despesas, como saúde e educação.

    "O planejamento deve ser feito agora. Se deixar para abril, não vai poder correr atrás do aporte, caso necessário", afirma o planejador financeiro Bruno Souza. "E não pode ser na última semana de dezembro, porque há um tempo operacional entre contratar o plano e contribuir."

    O ideal é que o investimento em PGBL seja mensal, mas é possível fazer depósito único. Usar outros ativos para garantir o desconto não é recomendado. "Muitos estão na renda fixa e sacam agora para aportar no PGBL, mas, quando você retira o investimento, paga imposto."

    Editoria de Arte/Folhapress
    Pagar menos IR
    Pagar menos IR

    Raul Morgner, gerente da corretora BR Insurance, lembra que o imposto devido com o abatimento será descontado no resgate do plano. "Previdência não é isenção." Mas o atraso pode ser vantajoso. "O que não foi pago de imposto agora pode ser investido para o futuro", afirma Souza.

    A doação a um dos sete programas listados pela Receita também pode ser abatida do imposto devido de quem faz declaração completa. Em geral, se o recurso é doado no ano-base, a dedução é de 6%. No próprio exercício, cai para 3%.

    "Hoje, esse processo é burocrático. O contribuinte precisa fazer depósito identificado e guardar o recibo até a declaração. Nem 8% acabam usando o incentivo", diz Paula Fabiani, do Idis (Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social).

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