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    Pecuarista usa mandioca para recuperar pastagens degradadas

    THAÍS GOES
    DA EDITORIA DE TREINAMENTO

    21/12/2017 02h00

    Gabriel Cabral/Folhapress
    Esperança Nova, PR, Brasil, 11-12-2017: Ricardo Borges Castro Cunha, proprietário da Fazenda Uberaba, que aplica o método ILPF (integração lavoura-pecuária-floresta). (foto Gabriel Cabral/Folhapress)
    Ricardo Borges Castro Cunha, proprietário da Fazenda Uberaba, que aplica o método ILPF

    O pecuarista Ricardo Cunha, 74, apostou na plantação de mandioca para recuperar as pastagens degradadas da fazenda de gado nelore que mantém em Alto Paraíso, no oeste paranaense.

    Ao crescer, a planta faz sombra no solo e mata uma grama invasora que ocupa os pastos e tem baixo valor nutricional para o rebanho.

    "É a maneira mais econômica de erradicar a grama e também uma excelente fonte de renda", diz o produtor.

    Feito por arrendamento, o plantio de mandioca rende a Cunha R$ 5.000 por hectare, em média, ao fim do ciclo de um ano e meio.

    O Paraná é o segundo maior produtor de mandioca do país, atrás do Pará. Na safra de 2017, já produziu 15% do total de 20,6 milhões de toneladas, no cálculo do IBGE.

    Plantada em linha com os eucaliptos, a mandioca colhida deixa como herança um excedente de fertilizantes ideal para plantio do capim e formação da nova pastagem.

    O pasto cresce com as árvores e, quando o gado entra em cena, depois da mandioca, já encontra sombra. "Os eucaliptos oferecem conforto térmico e protegem os animais do vento frio –e bois que pastam na sombra o dia inteiro engordam mais", diz.

    O bom resultado da integração lavoura-pecuária-floresta elevou a qualidade da carne do rebanho, vendida, segundo ele, por preço um pouco acima do mercado e exportada para a Europa.

    Os eucaliptos serão vendidos para a indústria moveleira. "As árvores são minha poupança verde para o futuro", afirma.

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