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    Em dia de volume mais fraco, Bolsa brasileira sobe e dólar fecha a R$ 3,29

    DE SÃO PAULO

    20/12/2017 18h49

    Diego Padgurschi /Folhapress
    Ações de siderúrgicas lideraram as altas do Ibovespa nesta sessão; Oi subiu mais de 6%
    Ações de siderúrgicas lideraram as altas do Ibovespa nesta sessão; Oi subiu mais de 6%

    Em sessão de volume mais fraco, a Bolsa brasileira teve alta impulsionada pelas ações de siderúrgicas e com o apoio dos papéis da Petrobras e do setor bancário, que se valorizaram nesta quarta (20). No mercado cambial, o dólar ficou praticamente estável, cotado a R$ 3,29.

    O Ibovespa, índice das ações mais negociadas, fechou em alta de 0,94%, para 73.367 pontos. O volume financeiro foi de R$ 6,4 bilhões, enquanto a média diária de dezembro está em R$ 11,15 bilhões.

    O dólar comercial fechou com desvalorização de 0,12%, para R$ 3,294, O dólar à vista recuou 0,31%, para R$ 3,288.

    O volume negociado no mercado financeiro já começa a diminuir e os investidores ajustam suas carteiras de olho no cenário de 2018. "A tendência é que o giro diminua até o final do ano. O Congresso está entrando em recesso, o judiciário também. Não teremos novidade nos próximos dias", afirma Roberto Indech, analista-chefe da Rico Investimentos.

    A sessão foi de agenda econômica esvaziada. Nesta quarta, o Banco Central melhorou sua projeção para o deficit em transações correntes neste ano e em 2018, em meio à maior força do comércio exterior brasileiro.

    No exterior, o Congresso dos Estados Unidos aprovou a reforma tributária do presidente Donald Trump. A Câmara dos Deputados aprovou a medida por 224 votos a 201, pela segunda vez em dois dias, após um empecilho processual forçar uma nova votação nesta quarta. O Senado aprovou o projeto por 51 a 48 votos nas primeiras horas desta quarta-feira.

    Trump havia enfatizado um corte de impostos para americanos de classe média durante sua campanha em 2016. No início da reunião de gabinete na quarta-feira, ele disse que reduzir a taxa de impostos corporativos de 35% a 21% era "provavelmente o maior fator neste plano."

    AÇÕES

    As ações preferenciais da Oi fecharam com forte valorização de 5,65% nesta sessão, após os credores da empresa aprovarem em assembleia realizada na madrugada desta quarta (20) o plano de recuperação judicial da telefônica.

    Das 59 ações do Ibovespa, 44 subiram e 15 caíram.

    Destaque para as siderúrgicas, que subiram após a ArcelorMittal Brasil informar que vai elevar os preços a partir de janeiro. A CSN também sinalizou com um aumento, embora não tenha especificado uma data. As ações da empresa lideraram os avanços do Ibovespa, com ganho de 4,99%.

    Os papéis da Usiminas se valorizaram 4,53%, e as ações ordinárias da Vale ganharam 3,43%.

    Na ponta contrária, os papéis ordinários da Eletrobras lideraram as baixas, com queda de 1,72%. As ações da EDP perderam 1,69%, e a Ecorodovias recuou 1,17%.

    A Petrobras viu suas ações fecharem em alta, também com a ajuda do avanço dos preços do petróleo no exterior. As ações preferenciais da estatal subiram 0,66%, para R$ 15,24. As ações ordinárias tiveram valorização de 1,27%, para R$ 15,96.

    No setor financeiro, as ações do Itaú Unibanco avançaram 0,37%. Os papéis preferenciais do Bradesco tiveram alta de 0,92%, e os ordinários ganharam 0,93%. O Banco do Brasil teve leve valorização de 0,06%, e as units –conjunto de ações– do Santander Brasil fecharam com alta de 0,06%.

    DÓLAR

    O dólar perdeu força ante 21 das 31 principais moedas do mundo, devolvendo parte da valorização de sessões anteriores com a expectativa de aprovação da reforma tributária nos Estados Unidos.

    Nesta sessão, o Banco Central vendeu 10.800 contratos de swaps cambiais tradicionais (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro). Com isso, concluiu a rolagem dos contratos que vencem em janeiro e que totalizava US$ 9,638 bilhões. Agora, só volta a ofertar contratos em março, para rolar aqueles com vencimento em abril, no valor de US$ 9,029 bilhões.

    O CDS (Credit Default Swap, espécie de seguro contra calote) do Brasil fechou em queda de 0,24%, para 163,6 pontos, no quarto dia de desvalorização.

    No mercado de juros futuros, os contratos mais negociados fecharam em baixa. O contrato com vencimento para janeiro de 2018 recuou de 6,893% para 6,890%. Já o contrato para janeiro de 2019 caiu de 6,920% para 6,900%.

    Folhainvest

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