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    Projeto de privatização da Eletrobras pode ir ao Congresso até amanhã

    DE BRASÍLIA

    21/12/2017 02h00

    Agência de Notícias do Paraná
    18/11/2015- Curitiba- PR, Brasil- A Copel arrematou nesta quarta-feira (18), em São Paulo, um lote de obras no Paraná do leilão de transmissão promovido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Com investimentos previstos pela Aneel de R$ 589 milhões, as obras serão empreendidas pela Copel no Estado - com um trecho em Santa Catarina - e somam 230 km em três linhas de transmissão, além de 900 MVA (megavolt-ampère) de potência em três subestações. "É um investimento significativo para melhorar ainda mais o fornecimento de energia elétrica no Estado", disse o governador Beto Richa. O lote arrematado pela Copel vai sustentar a expansão do sistema de transmissão na região entre os estados do Paraná e Santa Catarina, além de propiciar atendimento do crescimento da carga e para o escoamento da UHE Baixo Iguaçu. Em Curitiba será construída a linha de transmissão Uberaba-Centro, com 8 km, além da subestação Curitiba-Centro. A partir da subestação Curitiba Leste, em São José dos Pinhais, será construída uma linha de transmissão de 142 km até a subestação Blumenau, em Santa Catarina.
    Linhas de transmissão no Paraná

    O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, afirmou nesta quarta-feira (20) que o projeto de lei que permitirá a privatização da Eletrobras poderá ser enviado ao Congresso até esta sexta-feira (22).

    A receita com a venda da estatal, cerca de R$ 12 bilhões, já está prevista no Orçamento da União de 2018.

    Sem dar detalhes, Moreira Franco disse que as divergências entre os Ministérios da Fazenda, Planejamento e de Minas e Energia foram superadas e que o projeto está pronto na Casa Civil para ser enviado ao Congresso.

    Segundo integrantes do governo que participaram das discussões, nos últimos dias houve acordo sobre dois dos pontos mais controversos.

    O primeiro deles era o que definia como seria a divisão dos recursos resultantes da privatização da estatal. No projeto original, haveria uma divisão em três terços iguais. Um deles iria para a União, outro, para a Eletrobras, e o último, para uma conta específica destinada ao abatimento das contas de luz.

    Na versão final que irá ao Congresso, um terço irá para a conta específica e outros dois terços serão rateados posteriormente porque há ainda acertos entre Tesouro e Eletrobras que precisarão ser feitos antes disso.

    Outro impasse foi a escolha do presidente do conselho de administração da companhia. O governo queria fazer a indicação, mas isso também foi modificado porque retiraria valor de mercado da Eletrobras -a avaliação é que o governo continuaria interferindo na gestão. Na nova versão, a companhia decidirá o nome.

    USINAS ANTIGAS

    O projeto também garantirá que a "nova Eletrobras" libere suas usinas mais antigas para vender energia no mercado livre. Hoje, elas são subsidiadas pela União e a tarifa é definida.

    Para usufruir desse direito, terão de pagar outorga -o valor ainda será calculado depois da aprovação do Congresso. Os recursos envolvidos nessa transação sairão da própria venda da Eletrobras.

    A partir de agora, o governo negociará com o Congresso para que o projeto seja aprovado até o fim do primeiro trimestre. A ideia é que, no início de abril, a proposta de privatização seja encaminhada ao conselho de administração da Eletrobras, que, então, fará uma emissão primária de ações.

    O governo não vai acompanhar esse processo e, dessa forma, sua participação acionária será reduzida de 63% para algo em torno de 40%. O controle da companhia será diluído, mas o governo manterá uma ação especial que dará poder de veto em determinadas questões estratégicas.

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