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    Lava Jato

    CVM acusa ex-diretores da Petrobras por irregularidades na contratação de sondas

    NICOLA PAMPLONA
    DO RIO

    29/12/2017 18h52 - Atualizado às 19h30

    Ueslei Marcelino - 12.mar.2015/Reuters
    Former President of Brazil's Oil Company Petrobras Jose Sergio Gabrielli speaks during session of the Parliamentary Commission of Inquiry in the Chamber of Deputies that investigate allegations of corruption at Petrobras, in Brasilia March 12, 2015. REUTERS/Ueslei Marcelino (BRAZIL - Tags: POLITICS ENERGY) ORG XMIT: BSB054
    Ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli

    A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) acusa o ex-presidente da Petrobras e sete ex-diretores da estatal de irregularidades na contratação de três sondas de perfuração de poços petrolíferos.

    Embora tenha presidido a Petrobras por sete anos, Gabrielli não é alvo de denúncias na Operação Lava Jato, que já levou à prisão três diretores de sua gestão, além de gerentes e gerentes executivos.

    Toda a sua diretoria é alvo do processo da CVM, que envolve a contratação das sondas Petrobras 10.000, Vitória 10.000 e Pride DS-5, pivôs de denúncias de pagamento de propina na Operação Lava Jato.

    O processo, que está à espera de defesa dos acusados, apura "eventuais irregularidades relacionadas à possível inobservância de deveres fiduciários" na contratação das unidades.

    Isto é, o xerife do órgão regulador suspeita que os executivos não cumpriram seus deveres para com os acionistas da empresa ao aprovar as contratações, que depois viriam a ser focos de delações premiadas.

    Em outubro, o juiz Sergio Moro condenou os lobistas Jorge Luz e Bruno Luz, além de três ex-executivos da Petrobras e dois do grupo Schahin, por corrupção e lavagem de dinheiro na contratação das sondas.

    Os dois primeiros são apontados como operadores do MDB, que seria beneficiado pelo esquema.

    Além de Gabrielli, são acusados no processo da CVM os ex-diretores Almir Barbassa, Guilherme Estrella, Ildo Sauer, Graça Foster, Nestor Cerveró, Paulo Roberto Costa e Renato Duque.

    Os três últimos foram presos pela Operação Lava Jato. Atualmente, Cerveró e Costa cumprem suas penas em casa após assinarem acordo de colaboração premiada.

    Os contratos das três sondas já foram cancelados pela estatal, depois que delatores confessaram o recebimento de propina.

    A Folha ainda não conseguiu contato com os acusados.

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