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    Extinção de 60 mil cargos públicos mira datilógrafo e digitador; veja lista

    MAELI PRADO
    DE BRASÍLIA

    10/01/2018 11h47

    Pedro Ladeira/Folhapress
    Presidente Michel Temer sanciona novas regras do Fies durante evento no Palácio do Planalto, em Brasília, nesta quinta
    O presidente da República, Michel Temer

    Em decreto publicado no "Diário Oficial da União" nesta quarta-feira (10), o governo extinguiu 60,9 mil cargos públicos da administração federal considerados obsoletos ou que passaram a ser realizados via terceirização.

    O presidente Michel Temer assinou o decreto nesta terça (9). Veja aqui a lista completa dos cargos extintos.

    "A iniciativa contribui para tornar a arquitetura de cargos e carreiras mais adequada às necessidades atuais e futuras da administração pública", afirmou o Ministério do Planejamento.

    Entre os cargos extintos estão telefonista, editor de videotape, assistente de som, datilógrafo e digitador.

    "A identificação dos cargos descritos no decreto levou em conta sua falta de correspondência com a realidade do trabalho contemporâneo, como nos casos dos cargos de datilógrafos e digitadores", informou a pasta.

    Do total de cargos eliminados pelo decreto, 37,8 mil estão vagos. Os demais —que representam 6% dos 635 mil servidores públicos da administração federal– ainda estão ocupados, e serão extintos conforme forem vagando.

    Segundo o Planejamento, além de carreiras obsoletas serão extintos também cargos que passaram a ser feitos via da contratação indireta de serviços, como motoristas e telefonistas.

    O decreto também veda a abertura de novos concursos públicos e o provimento de vagas em quantitativo superior ao estabelecido no edital das seleções já realizadas.

    Temer quer passar a imagem de que está cumprindo seu ajuste fiscal, inclusive com esforços de enxugamento da máquina pública, o que seus assessores costumam chamar de "corte na carne".

    O governo já havia admitido, quando anunciou a revisão das metas fiscais de 2017 e 2018, que o corte de cargos não representa uma economia aos cofres públicos, mas evitaria despesas no futuras.

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